Aréa Q - Murilo Rosa: “O cinema brasileiro é a bola da vez”

A equipe de produção e o ator Murilo Rosa, do Filme área Q, que está sendo filmado nas cidades cearenses de Quixadá e Quixeramobim e que em breve terá cenas gravadas em Los Angeles nos Estados Unidos concedeu entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quarta, 07, no Hotel Veredas do Sertão, em Quixeramobim.

Primeira co-produção do cinema cearense com um estúdio hollywoodiano, Área Q, segundo Gérson Sanginitto, da Reef Pictures, “é um drama com elementos de ficção científica, não simplesmente um filme de ficção científica”.Área Q conta a história de um pai que busca seu filho desaparecido. Isso se passa numa área conhecida pelos relatos constantes de aparecimento de objetos voadores não identificados (OVNIS), que compreende os municípios de Quixadá e Quixeramobim. O próprio nome do filme faz referência à letra inicial das cidades.

Com roteiro e produção de Hálder Gomes, cearense de Senador Pompeu, responsável pela ambientação de Área Q na região, o filme levará para a telona a idéia de um sertão cheio de mistérios, misticismo e muita beleza, numa linguagem moderna e de fácil compreensão por parte do público.

Durante a coletiva o ator Murilo Rosa ressaltou a importância da produção estar acontecendo na região, e de mostrar que o Estado do Ceará conta com grandes atores e diretores, pessoas que realmente sabem fazer cinema com uma “qualidade ímpar”, segundo ele. Entusiasta do que chama de “cinema novo brasileiro”, Murilo declarou: “ O cinema brasileiro é a bola da vez.
Chegou a hora do cinema brasileiro!”

O apoio do poder público e da iniciativa privada a produção nacional foi defendido de forma unânime pelos entrevistados, que também cobraram dos poderes constituídos uma atuação mais firme no combate a pirataria, considerada por Gerson Sanginitto “uma vergonha nacional”. Hálder Gomes conclama a sociedade a fazer sua parte, a evitar adquirir os produtos pirateados, como forma de se barrar o crescimento desse mercado ilegal que não só prejudica a produção cultural como a economia do país.

Em relação às parcerias celebradas para viabilizar o filme, Hálder destaca além das produtoras, como a Estação da Luz, a B.V Filmes e a Panavision, o envolvimento do poder público municipal de Quixadá e Quixeramobim, fundamental para a concretização do projeto, cujo valor orçado não foi divulgado.

Hálder Gomes declarou que ambientará o seu próximo filme, Cine Holiúde, também na região do Sertão Central, mais especificamente em Quixeramobim. O cineasta aposta no potencial natural da região e na produção cultural do Estado para o que ele chama de renascimento do cinema nacional.

“Para cada filme que acontece são cem histórias boas que deixam de ser contadas. Adoraria que existisse consciência maior dos governantes e dos empresários para que nos ajudassem a contar essas histórias. Acredito que num futuro próximo as pessoas possam investir mais no cinema”, disse. Com seu talento e garra, o cearense com certeza ainda nos trará gratas surpresas, sempre elevando o nome do Estado e promovendo o cinema nacional.