O governador do Ceará, Camilo Santana, usou as redes sociais na tarde deste domingo (3) para criticar o estímulo e a participação e do presidente Jair Bolsonaro em movimentos de aglomeração de pessoas e a agressão de jornalistas em manifestações a favor do governo e de medidas antidemocráticas ocorridas em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília.
"Aglomerações estimuladas pelo presidente em meio a uma gravíssima pandemia. Jornalistas agredidos no Dia da Liberdade de Imprensa. O Brasil vive tempos sombrios. Mas este é o momento em que mais precisamos ser fortes, para defender a vida e para lutar pela nossa democracia", declarou Camilo Santana.
Na manhã deste domingo, Jair Bolsonaro esteve presente em ato a favor do governo e de medidas antidemocráticas realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os manifestantes pediram intervenção militar e fizeram críticas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aos ministros do Supremo Tribunal Federal e ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro – que acusa o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal para proteger familiares.
Em declaração transmitida por live em rede social, Bolsonaro afirmou: "Temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia, pela liberdade. Nós queremos o melhor para o nosso país. Queremos a independência verdadeira dos três poderes, e não apenas uma letra da Constituição, não queremos isso. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência. Vamos levar esse Brasil para frente. Acredito no povo brasileiro e nós todos acreditamos no Brasil".
Em Fortaleza, uma carreta na manhã deste domingo realizada por apoiadores do presidente ignorou o decreto estadual que proíbe a aglomeração de pessoas e o funcionamento de comércio durante o período de isolamento social, para diminuir a velocidade de proliferação do novo coronavírus no Ceará. Com buzinaços, os participantes trafegaram próximo a pelo menos dois hospitais da capital, um deles com leitos destinados ao tratamento de pessoas com a Covid-19.
Agressão a jornalistas
A postagem de Camilo também faz referência a agressões sofridas por profissionais da imprensa durante as manifestações supracitadas. Quatro jornalistas foram hostilizados por apoiadores de Jair Bolsonaro.
Um repórter fotográfico do Estado de São Paulo foi derrubado duas vezes, foi chutado e levou murros na barriga. Um motorista do mesmo veículo levou uma rasteira. Um repórter da Folha de São Paulo foi empurrado ao tentar proteger um colega. Um outro jornalista do Poder360 foi agredido verbalmente e levou um chute de um manifestante.
As agressões aconteceram enquanto Bolsonaro descia a ladeira do Planalto para falar com os apoiadores. A polícia conseguiu retirar três dos agredidos do local. (Do G1-CE)
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