Na Capital, de janeiro de 2018 até ontem, 47 casos de leishmaniose visceral em seres humanos e sete mortes ocasionadas pela doença foram confirmados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). No ano passado inteiro, a quantidade de pessoas infectadas chegou a 63. Os números de 2018 já representam 74% do total de casos do ano passado inteiro e preocupam autoridades.
A leishmaniose pode acometer cães e humanos. O transmissor é o mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis). O inseto, ao picar o cachorro infectado, pode transmitir a doença às pessoas também por meio de picadas.
Mais conhecida como calazar, a enfermidade foi identificada em três cachorros, na manhã de ontem, na Praça Santa Lígia, na Parangaba, durante teste rápido realizado em 60 animais. Agosto é o mês nacional de prevenção à doença.
Para confirmar a infecção nos três cães, no entanto, ainda é necessário realizar a sorologia, que atesta a presença do protozoário Leishmania chagasi. O exame será marcado na casa do tutor do animal. Caso haja confirmação, segundo a médica veterinária Klessiany Soares, coordenadora de Unidade de Vigilância de Zoonozes de Fortaleza, a recomendação do Ministério da Saúde é de sacrificar o cão. "Queremos chamar a atenção para sensibilizar a população. O calazar não tem cura no animal. Tem tratamento, mas nem todos os bichos respondem bem a ele".
O aposentado Vicente Carvalho, 78, tem a esperança de que o teste rápido com resultado positivo realizado em Diogo, cachorro sem raça definida (SRD), seja negado pela sorologia. "O quintal daqui de casa é tão limpinho que eu só quero pensar que esse exame deu errado".
Mas, caso confirme o diagnóstico, Vicente não terá dúvidas em sacrificar o animal. "Eu vou sofrer muito, mas vai ser o jeito", diz ele, que cuida de Diogo há três anos.
A melhor forma de combater a leishmaniose é pela prevenção. Recolher fezes dos animais, deixar um ambiente limpo e seco para evitar a reprodução do mosquito. Para evitar o inseto deve ser feita aplicação de inseticida no ambiente e uso de produtos repelentes no cão.
Alguns sintomas que podem levar o proprietário a desconfiar que o animal está doente são: descamação seca da pele, pelos quebradiços, nódulos na pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, falta de apetite, vômito, diarreia, lesões nos olhos e sangramentos. (Do O Povo Online)

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