O massacre ocorrido na localidade de Cafundó, no município de Palmácia, foi motivado por vingança pela tentativa de estupro de uma menina, praticada por Antonio Augusto dos Santos Silva. De acordo com a Polícia Civil, Augusto era o principal alvo, mas acabou se evadindo do local e segue foragido. Outra linha de investigação, confirmada em diligências, é de que os que foram executados praticavam roubos a gado e estupros no município.
Informações foram repassadas em coletiva na sede da DHPP na manhã desta segunda-feira, 16, pelo delegado Leonardo Barreto, três dias depois do crime. Estavam no momento representantes da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), Batalhão de Polícia de Choque e delegados de plantão no dia do massacre. Inquérito será concluído em 10 dias. Operação foi conjunta entre a Polícia Civil e a Polícia Militar do Ceará. Os presentes ressaltaram a prestatividade da polícia local de Palmácia.
Conforme a delegada Ana Vitória, titular da 10ª delegacia da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suposto estuprador havia fugido da Cadeia Pública de Palmácia e estava se escondendo na casa da família. Antônio Barbosa Sousa, de 56 anos e Paulo Sérgio dos Santos da Silva, de 30 anos, ambos mortos na chacina, eram pai e irmão de Antônio Augusto, respectivamente.
Para praticar o crime, os assassinos usaram blusas da polícia e enxadas. No local, foram achadas drogas, entre elas, cocaína. Quatro suspeitos foram presos até o momento: Francisca Maria Pereira Sales, que indicou a residência onde aconteceu tudo, Antônio Evaldison Azevedo Fernandes (vulgo "Cabo Vitor"), e André do Nascimento de Araújo e Wagli Edmar da Silva Viana, ambos presos no Bom Jardim.
As prisões foram todas feitas em sequência, com pouco tempo de diferença. Segundo as investigações, os homens têm ligação com série de crimes no bairro da Capital. Todos foram autuados por homicídio qualificado e organização criminosa.
Francisco Antônio Azevedo Fernandes de 32 anos, o "padeirinho", é apontado como o mandante do crime e segue foragido. Ele é irmão de Antônio Evaldison e primo da menina que sofreu a tentativa de abuso sexual por parte de Antônio Augusto dos Santos. "Ele planejou toda a empreitada e reuniu outros integrantes. Por ser de uma facção criminosa, acho de bem tentar fazer justiça com as próprias mãos", disse Ciro Lacerda, delegado plantonista da DHPP. (Do O Povo Online)
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