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segunda-feira, 11 de junho de 2018

“Se ele quer que o povo engula ele, então ele vai ter que engolir as críticas”, ressalta moradora da zona rural ao falar sobre problema no transporte médico

O famoso ditado “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” não funciona com a área da Saúde de Quixeramobim, que vem recebendo nos últimos meses diversas reclamações da população, tanto da zona rural como da sede do município. Dessa vez, as reclamações vieram dos Distritos de Manituba e São Miguel, além da comunidade Riacho Verde.

Os relatos podem ser de locais diferentes, mas o assunto é o mesmo: O transporte dos médicos para os postos de saúde do interior do município.

“Eu vou com a minha mãe, que já tem idade avançada. O posto fica a 1 km daqui de casa. Já são três vezes que nós damos viagem perdida. Saímos de casa de madrugada, porque é por ordem de chegada e quando dá a hora deles [médicos] chegarem, a atendente avisa que não vai ter atendimento, porque não tem carro”, disse uma moradora do Distrito de Manituba.

A ouvinte ainda ressaltou que não culpa a atendente pelo fato e expressou seu pensamento sobre o que deveria ser o problema: “Eu acho que é falta de pagamento dos motoristas, porque carro não vai vir sem os motoristas […] Amanhã eu vou de novo, com a minha mãe, para ela mostrar uns exames do mês de maio, ainda”.

Outra ouvinte, dessa vez da comunidade de Riacho Verde, que recebe atendimento em Lagoa Cercada, relatou: “A gente sai daqui pagando moto, quando chega lá só da tempo fazer a ficha e recebemos a notícia de que não tem médico, porque não tem carro. É muito difícil. Aqui na comunidade tem um posto, mas é mesmo que não ter, porque eles não querem vir pra cá”.

A última reclamação veio de uma moradora comunidade de Forquilha, no Distrito de São Miguel: “Eu fui para ser atendida, juntamente com outras mulheres, para fazer prevenção. Chegamos, preenchemos a ficha e quando foi, mais ou menos, umas 9 horas, a atendente veio avisar a gente que nem a enfermeira, nem o médico viriam porque tinha carro, mas não tinha combustível. Então, o problema não é carro”.

A ouvinte ainda lembrou sobre a realização do 2º Santo Antônio Festeiro e sobre o discurso do prefeito Clébio Pavone no último sábado, 09, onde voltou a criticar seus ex-aliados e repetiu fala da abertura do mesmo evento em 2017, onde afirmou que seus opositores precisam o engolir. “O prefeito tem dinheiro para fazer festa e não tem para colocar combustível nos carros? Essa é uma pergunta que a maioria das pessoas estão querendo saber. E outra, ele falou, na abertura do Santo Antônio Festeiro, que o pessoal ia ter que engolir ele, e nós vamos ter mesmo, durante o restante desses três anos, porque o povo não faz nada pra tirar ele do poder. Desafia a Justiça e o povo. Se ele quer que o povo engula ele, então ele vai ter engolir as críticas. Ele que aguente as consequências”, relatou a moradora.

(Do Repórter Ceará)

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