Quixeramobim: Funcionários da Secretaria de Educação tem gratificações cortadas; População e autoridades se pronunciam sobre paralisação das aulas

A manhã desta quinta-feira, 19, foi marcada por críticas quanto à decisão de paralisar as aulas da rede municipal de ensino de Quixeramobim pelos próximos 15 dias. A decisão foi tomada ontem, 18, em virtude das dificuldades dos transportes escolares conduzirem os alunos da zona rural do município, e pegou toda a população quixeramobinense de surpresa.

No Programa SerTão Conta Mais, da Rádio Campo Maior AM 840, ouvintes e autoridades participaram, se pronunciando sobre a medida. Confira abaixo alguns comentários:

Antônia (Moradora do Distrito Industrial)
“De forma alguma deve paralisar. Eu sei o quanto vai ser complicado para esses alunos recuperarem essas aulas. Isso é um absurdo maior que eu já vi na minha vida. Eu fiquei sabendo ontem, mas achei que era brincadeira, e hoje tive a confirmação”.

Cirilo Pimenta (Ex-prefeito de Quixeramobim)
“É a primeira vez que isso vai acontecer. Ninguém nunca ouviu paralisar aula por causa de chuva, porque é um calendário que está programado para o ano todo. Isso traz um prejuízo enorme para a população. O que o prefeito deveria fazer era colocar equipes de pessoas no interior para ajeitar os poucos locais onde a passagem está comprometida. É um verdadeiro absurdo, isso traz um atraso, um prejuízo e uma descontinuação do aprendizado e jamais será recuperado”.

Clébio Pavone (Prefeito Municipal)
“Desde semana passada temos tido dificuldades de acesso em várias comunidades. Vários diretores de escolas nos procuraram para relatar as estradas que foram cortadas sem condições nenhuma de tráfego. Fizemos um levantamento da situação e comunicamos ao MP a decisão [da paralisação das aulas]. Algumas pessoas estão estranhando a decisão, mas em 2009 foi tomada a mesma medida. É melhor a segurança dos filhos para não acontecer nenhum acidente e causar danos às famílias. Eu não vou colocar crianças dentro de ônibus correndo risco de vida, porque ninguém sabe o que pode acontecer”.

Conforme apurado pela reportagem, os contratos de professores, monitores, merendeiras e demais servidores das escolas serão suspensos durante o período, como também, a gestão pode até ampliar os dias de paralisação, superando os 15 inicialmente previstos. Além disso, segundo informações fornecidas a este site, as gratificações dos funcionários da Secretaria de Educação também foram cortadas. (Do Repórter Ceará)