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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

PMDB fecha questão, mas aliados resistem

O PMDB, partido do presidente Michel Temer, fechou questão a favor da reforma da Previdência. Isso significa que o deputado federal peemedebista que votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) poderá ser punido. A decisão da executiva nacional do partido, anunciada na tarde de ontem, ocorreu em meio a dificuldades de obter unidade na legenda em torno da matéria.

O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) disse que a decisão de obrigar os deputados a votar na reforma tem causado reação interna. “Pelo menos 40% dos deputados (do PMDB) não votam a matéria”, disse. “Eu mesmo não quero votar e estou reagindo.” Outro peemedebista do Ceará, o deputado federal Vitor Valim também anunciou voto contra a medida governista.

O fechamento de questão do PMDB tenta influenciar outras siglas da base a adotar a mesma prática para obrigar parlamentares a votar favoravelmente à reforma previdenciária. Ainda ontem, o PTB, que tem 16 deputados, também fechou questão. O governo espera que PP, que tem 46 deputados, e PRB, com 22 parlamentares, também se decidam nos próximos dias.

Ainda integrando o primeiro escalão do Planalto, apesar de anunciar que está deixando a base, o PSDB, mais uma vez, não dará os votos esperados pelo governo. O deputado Fábio Sousa (PSDB-GO) adiantou que o partido não deverá garantir “nem 20 votos” ao governo.

“E não é só o PSDB, não, são todos os partidos. O próprio PMDB deve ter de 20 a 25 deputados que não votam de jeito nenhum a reforma, que é extremamente pesada. A maioria do PSD do Henrique Meirelles não vai votar a reforma”, prevê.

Sempre otimista, o deputado cearense Danilo Forte (sem partido) não crê na votação e aprovação da matéria na semana que vem, como o governo quer. O parlamentar fala em “fator positivo” para mudar o entendimento sobre o projeto, o que não tem acontecido.

A proximidade com o recesso parlamentar é outro ponto complicador, segundo Forte, já que a PEC seria votada apenas pela Câmara e esperaria o Senado pautar apenas depois do recesso, no ano que vem. “Fica difícil para a Câmara assumir essa responsabilidade sozinha por causa do recesso”, declarou.

Possibilidades de acordo com partidos para votar a matéria diminuem também, de acordo com o deputado, porque as concessões do texto do projeto não são mais colocadas na mesa de negociação. “Mais enxuto do que isso não tem como”, diz. (Do O Povo Online)

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