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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Ceará tem mais da metade das notificações de chikungunya do País

Sozinho, o Ceará é o estado que concentra mais da metade das notificações da febre chikungunya no País, em 2017. Já são 80.045 casos notificados no Estado e 131.749 no Brasil. Com 60.431 casos suspeitos, Fortaleza é a cidade brasileira com mais incidência da arbovirose. Os dados são do Ministério da Saúde, que monitorou as ocorrências entre janeiro e junho deste ano.

De acordo com boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Fortaleza acumula 49.802 casos confirmados da doença neste ano. Atualizado no último mês de agosto, o balanço aponta 76 mortes na Capital. Conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), desse total de óbitos em Fortaleza, 67 são de pessoas com mais de 60 anos, o que corresponde a 88,15% do total de vítimas.

Diante do cenário, pesquisas para entender a ação do mosquito Aedes aegypti passarão a ter incentivo financeiro municipal. Na manhã de ontem, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) anunciou a liberação de R$ 500 mil para custear estudos direcionados ao combate das arboviroses. “Quando a gente viu a epidemia crescer, ela aconteceu em um cenário novo”, explicou o prefeito. “Por ser o mesmo vetor (mosquito transmissor), mas vírus diferentes, isso nos trouxe a atenção e responsabilidade de criar um grupo de trabalho”, acrescentou.

As pesquisas devem investigar os fatores de risco e as complicações clínicas apresentadas por pacientes fortalezenses. Para a titular da SMS, Joana Maciel, o investimento em pesquisa pode viabilizar uma redução nos casos mais graves. “Os pesquisadores vão procurar entender as causas dos óbitos, os sintomas neurológicos que, na literatura mundial, são tidos como esporádicos, mas aqui temos um número elevado”, explanou. “Com isso, vamos conseguir tratar adequadamente os pacientes”, projetou a secretária durante o anúncio do investimento.

Projeto

Mais de 50 profissionais, entre professores, médicos infectologistas de instituições como Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Universidade de Fortaleza (Unifor), além de servidores do Estado e do Município, estão envolvidos no projeto. A iniciativa faz parte de uma série de ações para controle e prevenção da doença. (Do O Povo Online)

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