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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Do tráfico para a farmácia: tranquilizante de cavalo vai virar antidepressivo

Um pózinho amarelo que fazia sua alma descolar do corpo. Essa era o slogan do Special K nos anos 90, uma droga chegava aos narizes dos festeiros das ruas refinada a partir de tranquilizantes usados em cavalos e gatos. Duas décadas depois, é essa a substância que promete mudar a vida de muita gente que sofre com depressão e revolucionar o tratamento da doença.

A ketamina é um anestésico relativamente barato que também pode ser usado em humanos em hospitais. Mas o negócio ficou famoso mesmo nas baladas. Ao contrário de drogas como o ecstasy, que são estimulantes, a ketamina é um depressor do sistema nervoso. O resultado é que a pessoa, por dentro, está vivendo uma fantasia incrível, cheia de alucinações - podendo até dançar pessoalmente com a Madonna - enquanto por fora, ela está parada, quase babando. Exagerar no Special K tinha um efeito tão assustador que ganhou o apelido de K Hole, o buraco de onde é difícil de sair e no qual fica difícil de reconhecer a realidade.

Só que da experiência das ruas começaram a aparecer histórias de gente que se curou da depressão com a ketamina. E a indústria farmacêutica começou a levar a história a sério e a pesquisar os efeitos da droga.

A busca por um remédio mais eficiente foi o que fez os laboratórios olharem mais de perto para a ketamina. O efeito da droga é imediato. Uma dose é sentida pelos pacientes em minutos e o resultado como antidepressivo pode durar por semana (Da Superinteressante)

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