Em uma semana, 51 casos de sarampo foram confirmados no Ceará. Segundo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), o surto está se alastrando pelo Interior, com novas confirmações em Caucaia, Itaitinga, Jaguaribe, Maranguape e Uruburetama. Até a semana passada, somente Fortaleza tinha casos confirmados (11, ao todo).
Com as 62 confirmações que o Estado soma, o crescimento do surto chega a 463% em uma semana. Além disso, há 147 casos suspeitos, ainda em investigação, em 18 municípios (entre 25/12/2013 e ontem). Por causa do quadro, a campanha de vacinação contra o sarampo continua neste fim de semana.
Hoje, todos os postos de saúde de Fortaleza estarão abertos para imunização de crianças de seis meses a menores de cinco anos. Conforme O POVO mostrou ontem, a cobertura vacinal do grupo na Capital está em 53%, longe da meta do Ministério da Saúde (95%).
A gerente de imunização da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Vanessa Soldatelli, esclarece que o boletim de ontem confirma casos ocorridos dias atrás, não especificamente na última semana. O “pico” do surto foi a última semana de janeiro. Conforme Vanessa, os casos suspeitos estão em queda devido, especialmente, à campanha de vacinação.
Ontem, representantes da SMS e da Sesa participaram de videoconferência com o Ministério da Saúde. Foi definido que Fortaleza seguirá a estratégia atual, de imunização das crianças. Na segunda-feira, 10, a medida será reavaliada. A rotina de imunização de adultos segue nos postos a partir da próxima semana. Ontem, a Capital recebeu novo lote de vacinas.
Interior
A coordenadora de imunização da Sesa, Ana Vilma Leite Braga, informa que os municípios com casos confirmados serão contemplados com campanha indiscriminada de vacinação para as crianças com seis meses a menores de cinco anos. Todos os casos suspeitos estão sendo tratados como positivos pela Sesa.
Em municípios com casos suspeitos está sendo empregado bloqueio vacinal (imunização de pessoas que tiveram contato com os pacientes). “Essa ação vai impedir que o vírus se espalhe e cresça o número de casos de sarampo. Assim, vamos impedir a cadeia de transmissão para ter controle o mais rápido possível da doença”. De acordo com Ana Vilma, esse será o procedimento para todos os municípios à medida em que forem surgindo novos casos. (Fonte: O Povo)
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