Estudar parece missão impossível para Daniel (nome fictício), 23, morador do bairro João Paulo II. Há um mês, a escola que frequentava, Sinó Pinheiro, fechou a única turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, por isso, teve que ser remanejado para outra, Delma Hermínia, na Perimetral. Agora, muitas são as trincheiras que lhe impedem de seguir com os estudos. O tráfico, a disputa entre as gangues, os assaltos impuseram a ausência.
O Fórum de Defesa pelo Direito à Educação denuncia que, hoje, pelo menos 270 alunos estariam na mesma situação que Daniel, tudo por conta do medo, do cerco criado pela violência.
"Até tentei ir para a aula uma vez. Mas, no meio do caminho, os traficantes de lá começaram a atirar sem deixar a gente passar. Preferi ficar sem estudar que morrer. Um grande absurdo. Ou nos dão proteção ou abrem nossas turmas novamente", afirma o jovem garçom. Ele almeja um diploma para ter, quiçá, um emprego melhor. É quando o conhecimento, que deveria ser ilimitado, perde nessa "guerra civil". (Do Jornal Diário do Nordeste)
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