O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, voltou a ouvir duras críticas sobre a denúncia do mensalão nesta quarta-feira, no quinto dia de julgamento da ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal).
Em mais um dia dedicado às defesas dos réus, a peça de acusação produzida por Gurgel foi chamada de frágil, fantasmagórica e até comparada a um ato de terrorismo por advogados.
Márcio Thomaz Bastos foi o primeiro a falar no plenário, em defesa de José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural na época da denúncia. Ex-ministro da Justiça no governo Lula, berço do esquema denunciado, Bastos ironizou ao questionar a motivação do banco em participar do esquema.
"Tenta-se dizer 'terroristicamente' que o motivo que levou o Banco Rural a fazer empréstimos seria o pote de ouro de R$ 1 bilhão que teria quando o Banco Mercantil fosse liquidado."
Responsável pelo atraso no primeiro dia de julgamento ao pedir para desmembrar o processo, alertou os ministros das consequências por terem negado o pedido.
"Vossas Excelências devem julgar com duplo cuidado, porque não têm um duplo grau de jurisdição", disse o advogado, em referência ao ministro Ricardo Lewandowski, que votou a favor do pedido de Bastos. O argumento do ministro, na ocasião, foi o de que réus sem foro especial teriam direito ao julgamento na Justiça comum, onde poderiam recorrer das eventuais decisões contrárias. (Fonte: Folha.com)
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