Esperam ouvir dos representantes do Poder Executivo local uma solução para o transporte das turmas aos centros de formação situados no entorno do Açude do Cedro, a mais de 5Km do Cento da cidade. Atualmente o Município disponibiliza apenas três ônibus para o trajeto. Na avaliação dos universitários são necessários mais dois.
A audiência pública na Câmara Municipal para discutir o assunto e resolver o problema do transporte escolar, gratuito, foi conquistada após a realização de protesto pelas ruas de Quixadá na última quinta-feira. Os alunos do IFCe e da UFC seguiram em marcha até o Centro Administrativo da Prefeitura. Mais de 500 deles chegaram a ocupar temporariamente algumas dependências do prédio público. Houve princípio de tumulto. Alguns servidores tentaram impedir a entrada, mas o secretário de Educação de Quixadá, João Batista recebeu os manifestantes e liberou a entrada.
Audiência
Juntamente com representantes do gabinete do prefeito, da Secretaria de Municipal de Finanças e da vereadora Edir Leal, os estudantes aceitaram a proposta da audiência pública.
Na sessão ordinária, a Prefeitura de Quixadá pretende apresentar relatório das despesas com o transporte escolar para os dois campus, instalados há pouco mais de 100 metros um do outro. As despesas são pagas com recursos do próprio Município. Os gastos estão no limite.
Mesmo assim a Prefeitura também pretende expor o plano para ampliação da frota, solicitado pelos manifestantes, explicou Batista.
Segundo a representante dos estudantes do IFCe, Noeme Oliveira, na época da construção dos dois campus o Município havia se comprometido com o Ministério da Educação, através de convênio, em fornecer o transporte gratuito até a implantação de linha regular para o local. Passados quatro anos do início dos cursos no IFCe, as promessas estão sendo cumpridas apenas parcialmente. Faltam ônibus. Por conta da carência muitos alunos estão chegando atrasados nas aulas. Alguns até faltam. Dessa vez contam até com o apoio dos professores. Se não houver solução para o transporte as manifestações vão continuar, alerta a líder estudantil.
Na opinião dos estudantes os problemas vão se agravar ainda mais nos próximos semestres se os órgãos públicos não tomarem providências imediatas. Hoje estão em obras, mas quando estiverem concluídos os dois campus terão capacidade para 2,2 mil estudantes; 1.200 deles no IFCe e mais mil na UFC. O protesto foi um alerta para implantação de linha regular de ônibus ou fornecimento de mais ônibus para os universitários, como ocorre em outras prefeituras da região, como Quixeramobim, Senador Pompeu e Pedra Branca.
Dessa vez querem o compromisso assinado no papel, segundo o representante do Diretório Central Estudantil da UFC, Diego Pereira.
Abordagem
Na edição de 12 de maio, a reportagem abordou o problema exposto pelos estudantes, da superlotação nos ônibus utilizados no transporte do Centro até os campus. A solução apresentada pela Prefeitura de Quixadá foi a colaboração das prefeituras das cidades vizinhas, deixando seus estudantes no destino e também realizando o mesmo trajeto de retorno. Não foram apresentados números precisos, mas pelas estimativas dos próprios passageiros cerca de 40% deles são de outros municípios da região.
Discordam da proposta da gestão local. O compromisso de Quixadá foi fornecer transporte para os alunos. (Fonte: Jornal Diário do Nordeste)
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