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sábado, 24 de março de 2012

Veranico provoca lagartas em plantações de Canindé

O veranico que se instalou nos Sertões de Canindé está preocupando agricultores e autoridades ligadas ao setor agrícola da região. Sem chover há mais de 20 dias, os plantios de milho e feijão, além de sofrerem com a falta d´água para seu crescimento, enfrentam também ataque moderado de lagartas.

Nas regiões de Salitre, Santa Luzia e Esperança, as plantas de janeiro, que já estavam em alto desenvolvimento, pararam de crescer por conta do sol forte que se abateu nos plantios. José Baltazar, que plantou seis hectares de milho, está preocupado. "Se continuar dessa maneira, iremos ter um prejuízo incalculável. O milho estar todo no limpo, mas precisa de água para crescer", lamenta o agricultor, que reside no Distrito de Salitre, a 50 quilômetros de Canindé.

Já Manoel Fonseca dos Anjos da comunidade de Santa Luzia na divisa de Canindé com Choró Limão, informa que a lagarta já devorou boa parte de seu plantio de milho, plantado entre dezembro e janeiro e que já estava com a espiga crescida.

Em janeiro, choveu nos Sertões de Canindé152.4 milímetros, o suficiente para ajudar no crescimento das plantas. Já no mês de março, considerado pelos agricultores como o período bom de chuvas, deixou muito a desejar. No dia 9 choveu apenas 2.0mm. No dia 10 foram 8.8 milímetros, e no dia 11 de março 3.3.

O gerente do Centro de Atendimento ao Cliente de Canindé, Domingos Sávio, mostra-se preocupado com a situação, e já marcou uma reunião para o próximo dia 29, às 9h, para discutir o problema com membros da Assistência Técnica Rural do Município. "Vamos mapear toda a região para sabermos onde existem os ataques de lagarta e tomar medidas que venham a reduzir o índice. O que nós precisamos mesmo, agora, é de muita chuva, porque a lagarta só acaba com chuva", destaca.

Ela adiantou ainda que, neste ano, foram distribuídos 13.600 quilos de feijão, 14.200 de milho, 3.000 de sorgo e 7.500 mudas de cajueiro para os agricultores de Canindé.

O secretário de Agricultura e Recursos Hídricos do Município, Manoel Barroso de Araújo, participou, na última terça-feira, de uma reunião na Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (Ematerce) com membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável para tratar do problema. "É um momento de muita apreensão. Estamos esperançosos que ainda iremos ter um bom inverno. Acreditamos muito nos prognósticos da Funceme. Estamos fazendo nossa parte. Para isso, já estamos pagando as parcelas do Garantia-Safra. ´Foram gerados, em Canindé, 5.247 boletos. Desse total, foram pagos 4.984 e apenas 263 agricultores não aderiram à campanha", diz.

Estratégias

Apesar da preocupação, os agricultores ainda não perderam as esperanças. Se não chover nos próximos dias, a alternativa é fazer o replantio das áreas prejudicadas para não perder o trabalho e as despesas com o preparo da terra. O agricultor Josué Ferreira dos Santos, de Santa Luzia, diz que plantou três quilos de milho e dois de feijão, e está vendo tudo se perder. ´´Rezo todos os dias para São Pedro nos mandar chuva".

Outro problema enfrentado pelos produtores rurais é o preço da mão de obra no campo. Um dia de serviço de um trabalhador rural, com direito ao almoço, varia entre R$ 25,00 e R$ 30,00. (Fonte: Jornal Diário do Nordeste)

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