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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Presidenta Dilma Rousseff nomeia novo ministro da Defesa


O Diário Oficial da União publicou, nesta sexta-feira (05), os decretos de nomeação e exoneração dos cargos no Ministério da Defesa. Um dos decretos, datado da última quinta-feira (04) e assinado pela presidenta Dilma Rousseff, exonera, a pedido, o ministro Nelson Jobim. No outro, nomeia o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para ocupar o cargo. O novo ministro da Defesa se encontra no Estado da Paraíba, onde participa de encontro com universitários de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão.

"Primeiramente, gostaria de agradecer a confiança da presidente Dilma Rousseff. Tenho apreço pelo trabalho dos meus antecessores. Quero corresponder aos interesses da nação", declarou o novo ministro da Defesa. Amorim informou, ainda, que deve se encontrar no próximo sábado (06), em Brasília (DF), com os comandantes das Forças Armadas.

A exoneração de Jobim do cargo veio após a publicação de uma entrevista para a revista Piauí, da Editora Abril, empresa controlada pelo grupo de Victor Civita. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva considerou “deselegante” a atitude do ex-ministro da Defesa, que teria criticado colegas do Palácio do Planalto. No momento em que a presidenta soube da entrevista, Jobim estava em missão com o vice-presidente Michel Temer em Tabatinga (AM), quando participou de evento do Grupo Interministerial de Segurança nas Fronteiras.

“Se ele não falou para ela [Dilma] da entrevista à revista e ela ficou sabendo, realmente cria uma situação constrangedora para ele, que não falou, e para ela. Foi muito deselegante", disse. Nelson Jobim afirmou que os trechos citados na entrevista foram tirados do contexto e que fariam “parte de um jogo de intrigas” e uma tentativa de desestabilizá-lo. “Reconheço na Ideli [Salvatti, Relações Institucionais] capacidade e tenacidade importantíssimas na condução dos assuntos dentro do Congresso", disse o ex-ministro.

Nelson Jobim, segundo a assessoria, afirmou que vinha auxiliando Ideli Salvati nas articulações no Senado para aprovar o projeto de lei em tramitação que trata do acesso a informações públicas. De acordo com a pasta, ele elogiou a ministra e também negou ter feito qualquer comentário depreciativo em relação a outros membros do governo.

Entrevista

Em entrevista para TV Cultura, na noite da última quarta-feira (04), o diretor de redação da Piauí, Mario Sérgio Conti, informou que a repórter Consuelo Dieguez já vinha trabalhando no perfil de Nelson Jobim há alguns meses e que o acompanhou por várias ocasiões.

As declarações teriam sido feitas em meados de junho, na homenagem pelos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no Congresso Nacional. "Nós sabíamos que isso ia dar rolo, mas não a ponto de culminar na demissão do ministro", disse o diretor da Piauí. A edição da revista chega às bancas nesta sexta-feira (05).

Saiba mais

- Nelson Jobim: Nelson Jobim deixa o Ministério da Defesa depois de quatro anos de gestão. Convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir o então ministro Waldir Pires, Jobim aceitou, em julho de 2007, o desafio de controlar a crise aérea instalada nos aeroportos brasileiros.

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (2004-2006) e ex-ministroda Justiça do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1997), Jobim assumiu cobrando pontualidade e segurança das empresas aéreas. Também promoveu mudanças nas direções da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), então alvos de denúncias de ineficiência e corrupção.

Na área militar, Jobim ganhou prestígio com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Junto com o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger, Jobim elaborou a Estratégia Nacional de Defesa. Aprovada em dezembro de 2008 na forma de decreto presidencial, o plano estabelece ações de médio e longo prazo com o objetivo de modernizar a estrutura nacional de defesa por meio da reorganização das Forças Armadas, da restruturação da indústria nacional de material de defesa e de uma nova filosofia de emprego das Forças Armadas.

- Celso Amorim: Formado em 1965 no Instituto Rio Branco, Amorim fez pós-graduação em Relações Internacionais pela Academia Diplomática de Viena, na Áustria. O diplomata também é membro permanente do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e foi professor de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). Diplomata de carreira, ele também foi representante permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) de 1995 a 2001, e, de 2001 a 2002, embaixador no Reino Unido.

Amorim foi ministro das Relações Exteriores por duas vezes. A primeira foi de 1993 a 1994, durante o governo de Itamar Franco. Anos mais tarde, em 2003, foi escolhido para retornar ao cargo, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele seguiu na função até o fim do segundo mandato do petista, quando foi sucedido por Antonio Patriota, na gestão Dilma Rousseff.

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