Divulgado no Blog da Rádio Liberdade de Boa Viagem o resultado de uma enquete que perguntava como a população avaliava a saúde em Boa Viagem, 82% dos internautas responderam que consideram péssima. Diante disso, o Programa Cidade em Campo, transmitido pela Rádio Campo Maior, trouxe na manhã desta terça-feira, 29, na participação do radialista Sérgio Machado nesta discussão.
Durante a participação do radialista, uma ouvinte se manifestou através de ligação telefônica, demonstrando sua admiração pela administração municipal e afirmando não existir nenhum problema relacionado à saúde no município. Para ela, em Boa Viagem está tudo “maravilhoso”. Entretanto, não foi bem isso que relatou o servidor público, odontólogo e conhecedor da saúde local, Marcio Ary, em sua participação na tarde desta terça-feira no Programa Repórter Ceará da Rádio Campo Maior.
Márcio Ary foi incisivo em sua afirmação: “A saúde de Boa Viagem se encontra em estado de UTI”. Segundo ele, as doze equipes do Programa Saúde da Família (PSF) que atuam no município encontram-se em estado deplorável, “Faltam profissionais, material e estrutura física. Para se ter idéia, existem apenas dois médicos que cobrem quase todo o expediente no Hospital, cada um ganhando cerca de R$ 24.000,00(vinte e quatro mil reais), enquanto os salários de outros servidores estão congelados há mais de dois anos. A segurança na unidades de saúde também está comprometida, pois os vigias foram demitidos e até assaltos já foram registrados”, afirma. Para o odontólogo, ”O Hospital do município encontra-se lotado por atender a todos os casos de saúde, até os mais simples, por falta de profissionais nas unidades básicas”.
Segundo Marcio Ary, as ambulâncias do município estão sucateadas e a prefeitura aluga carros pequenos e muitas vezes desconfortáveis para realizar a transferência de pacientes para outras cidades. O profissional de saúde finalizou sua participação cobrando melhores condições de trabalho para os servidores, o fortalecimento e reestruturação do PSF, a instalação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e da Farmácia Popular, enfatizando que a conclusão da obra do prédio encontra-se paralisada por conta da inviabilização dos recursos “devido à falta de competência da secretária de saúde local”, denunciou. Além da reestruturação do hospital, para que este venha a realizar apenas atendimento aos casos mais graves, deixando os atendimentos simples para as demais unidades de saúde, possibilitando assim uma melhor resposta às demandas de saúde da população.
Não só de Boa Viagem nos chegam denuncias de descaso na saúde pública. O jornalismo do Sistema Maior de Comunicação também recebe denúncias de outras cidades da região, como é o caso de Quixadá, onde a população reclama das condições de atendimento no hospital Eudásio Barroso.
Em Quixeramobim as denúncias também são diárias. Ainda na participação de hoje, do radialista Sérgio Machado, no Programa Cidade em Campo, uma ouvinte manifestou sua indignação a respeito de uma faixa localizada em uma das principais ruas do município exaltando o trabalho da Secretaria. Segundo ela, a faixa contém o seguinte texto: “Saúde se faz com Humanização e Trabalho”. Para a ouvinte, o atendimento no Hospital Regional não é nada humanizado ou satisfatório. “Não sei que tipo de humanização é essa que eles estão usando, a gente chega ao hospital e as pessoas não sabem falar com você, não tem uma comunicação suave”, disse.
No programa Manhã 106, da Canudos FM, diversos ouvintes se manifestaram na manhã de hoje sobre o assunto. Segundo populares, a demanda por atendimento é superior ao número disponibilizado pelas unidades de saúde do município. A moradora Aurinete Alves, do Conjunto Esperança, relatou à nossa equipe de reportagem que, para conseguir atendimento na Unidade Básica de Saúde daquele bairro, a mesma teve que chegar de madrugada ao local, ocasião em que encontrou diversas pessoas já na fila desde uma hora da manhã, na tentativa de conseguir atendimento.
No Bairro Monteiro de Moraes, além da falta de vagas, há reclamação ainda quanto ao horário. Segundo populares, há médicos que iniciam o expediente somente por volta das 14h00min e não conseguem atender a todos, gerando insatisfação na comunidade.
Já na Zona Rural, há localidades onde o atendimento à população acontece apenas uma vez por mês, como ocorre na comunidade de Campina, em Manituba, cujo atendimento ocorre em uma residência. O horário também aflige a população da zona rural. Na maioria das vezes, os médicos e enfermeiros do PSF chegam às comunidades após as nove horas da manhã e acabam por não atender todos que precisam, encerrando o expediente.
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quarta-feira, 30 de junho de 2010
2 comentários :
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O descrito por Dr. Márcio Ary em relação a saúde de Boa Viagem é somente a ponta de um "iceberg". os fatos acontecidos em nosso municipio merecem intervenção rápida do ministério público, pois a população estar entregue nas mãos de gente sem a menor competência ,sem o menor compromisso com a vida.
ResponderExcluirdra.Valda kkkkkkkkkk secretária de saúde é o fim. chama o técnico que os jogadores estão confusos. kkkkkkk haja chuteiras
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