Dois meses de campanha e nada. Na Inglaterra bastou um mês. Temos uma das campanhas mais longas (e sem substância) do mundo. Teria de mudar a lei eleitoral, mas isso dificilmente ocorrerá. Ontem ainda teve um seminário: Serra e Dilma falaram de economia. Mostraram diferenças, mas quem ficou sabendo? Só após a Copa (e será sempre assim, pois o mandato presidencial deve se manter nos quatro anos e a seleção brasileira estará presente em todas as copas) a campanha vai interessar aos eleitores. Agora é aquela fase do trabalho miúdo, das articulações regionais e dos acertos do tipo de campanha de cada candidato.
Até agora, a tarefa "hérculea" tem sido a de Serra. Dilma é uma mera delegada de Lula. Teve tempo até para fazer compras em Nova York. Só fala em continuidade e evita qualquer assunto espinhoso. De debate, nem quer ouvir falar. Deve estar pensando em só comparecer no último debate do primeiro turno, que deve ser o da Rede Globo.
Já o candidato do PSDB está buscando ampliar e fortalecer os palanques regionais, montar uma equipe forte de campanha, sempre ficando atento ao jogo sujo da candidata oficial (nestes dias foi denunciado que estava sendo elaborado um dossiê contra Verônica Serra). Os sindicatos, como já tinha escrito, serão um dos instrumentos mais eficazes para semear a desinformação. Paulinho, conhecido pelego, disse ontem que Serra pretende acabar com a licença maternidade, férias, etc. Só faltou falar que seria restabelecida a escravidão.
O jogo de denúncias tem sua eficácia principalmente nas regiões mais atrasadas, como o Nordeste. O boato se propaga com mais rapidez e a resposta tarda a chegar. No Sul e Sudeste o panorama é distinto. Daí que, a tendência é a eleição ser decidida no Triângulo de Ferro da política nacional: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A chance real da oposição para ganhar a eleição é sair com uma ampla margem de votos, especialmente nos dois primeiros estados.
Fonte:Blog do Villa
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