Para Dom Magnus Henrique Lopes, bispo diocesano do Crato, o reconhecimento de Menina Benigna como beata é uma forma de apresentar à sociedade um modelo de santidade a ser seguido.
"Na beatificação a Igreja apresenta, sobe para os altares uma vida que procurou plenamente viver o evangelho. Quando a Igreja reconhece a beatificação de um homem, de uma mulher significa que ser santo é possível. O que estamos precisando para a sociedade é de modelos de santidade como este", disse.
Benigna nasceu em 15 de outubro de 1928 no Sítio Oiti, em Santana do Cariri, no interior cearense. No dia 24 de outubro de 1941, foi assassinada aos 13 anos por Raul Alves com golpes de facão, ao recusar ter relações sexuais com ele, que morava no mesmo município.
A cerimônia de oficialização pelo Vaticano é a única peça que falta para que a Menina Benigna se torne a primeira beata do Ceará reconhecida oficialmente e a quarta brasileira mártir.
A solenidade de beatificação estava suspensa. Deveria ter ocorrido em outubro de 2020, mas devido à pandemia de Covid-19, o Vaticano adiou a data, e seguiu sem data definida.
“A expectativa é muito grande por essa solenidade, já são dois anos esperando. Desde quando o Papa Francisco assinou o decreto reconhecendo o martírio. Só falta, no momento, a cerimônia para que Benigna seja declarada beata ou bem-aventurada, como pode ser chamada”, disse Ypsilon Felix, organizador de romarias em homenagem à menina. (Do G1-CE / Fotos: TV Verdes Mares - Reprodução)
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