“Quando ingressei na magistratura, há 35 anos, somente duas mulheres haviam chegado ao cargo de desembargadora: Auri Moura Costa, que se aposentou em 1979, e Águeda Passos Rodrigues Martins, que assumiu o cargo em 1986. Elas abriram as portas da Justiça estadual para as mulheres”, ressalta a presidente do TJCE.
Atualmente, o percentual de desembargadoras do TJCE é o segundo maior entre os tribunais estaduais do Nordeste. O Judiciário baiano é o que possui mais mulheres no 2º Grau: são 31, ou seja, 47,69% do total de 65 desembargadores. O terceiro colocado é o TJ de Sergipe, onde as mulheres representam 30,76% dos 13 integrantes do Pleno.
A quantidade de juízas também vem crescendo na Justiça cearense. Dos 413 magistrados que atuam na Capital e no Interior do Estado, 146 são mulheres.
Além de atuarem no julgamento dos processos, as magistradas estão assumindo cada vez mais cargos de gestão. “A pioneira foi a desembargadora Águeda, que em 1999 assumiu a Presidência. Depois de 22 anos, tivemos a gestão da desembargadora Iracema Vale. Eu sou a terceira presidente do Tribunal e trabalhamos para que mais mulheres possam ocupar o mais alto posto da Justiça cearense. Mas existem outros importantes cargos de chefia já ocupados por juízas e servidoras do TJCE”, acrescenta a desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira. (Do TJCE)
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