1 Minuto com Sérgio Machado: A politicagem infeliz de cada corrupção não deve ser associada à política

Com o passar dos anos, com os escândalos de corrupção e com o não cumprimento de promessas feitas, uma parte da população deixou de acreditar nos eleitos como representantes do povo, seja no Executivo ou Legislativo. A partir desse ponto, se passou a associar a política com as práticas torpes e asquerosas de alguns indivíduos que ocupam cargos para benefício próprio. No entanto, é preciso entender o que é política, político e a politicagem.

Em resumo, a política é um conjunto de práticas, regras e normas para o bem comum em uma tentativa de beneficiar o povo. O político é o agente responsável por executar esse mote e agir dentro das rédeas constitucionais. Já a politicagem é o contrário da política. É aqui onde se encontra o lado mais sujo das relações de poder e onde se fatiam cargos e benefícios ‘aos seus’, lesando a população.

Entender isso é fundamental para desassociar a política daqueles que fazem politicagem e corrompem todo o sistema, do Executivo ao Judiciário. A politicagem separa, é criminosa pelo viés público, demonstra falta de caráter de quem a faz e é revoltante pelo espectro da população, que se esvai em problemas enquanto parte de seus representantes se banham com recursos públicos.

São conchavos, acordos, nepotismo, promessas que nunca serão cumpridas, compra de votos de parlamentares e perseguições. Tudo isso é associado a quem não pratica a política. Causa desesperança ver a impunidade daqueles que fazem tais males e a normalização dessas práticas – algumas consideradas crimes.

A politicagem forma dependências perigosas e gera laços fortes entre aqueles que a fazem. Com isso, a política é descredibilizada e o sistema representativo se deteriora, ao ponto de cada cidadão torcer o nariz para aquele que se apresenta como político.

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