No último “Minuto” que gravamos, eu informei que analisaria a situação política de cada nome que está envolvido no processo eleitoral desse ano. Ao todo, são nove nomes, de oito partidos diferentes, que demonstraram e/ou confirmaram o interesse em disputar o controle do Executivo municipal este ano, o que é um fenômeno completamente novo na história democrática de Quixeramobim.
O primeiro nome que está na mesa é o do ex-prefeito Cirilo Pimenta, que tem uma larga história política no município e que já deu vários sinais de que deseja retomar o controle da prefeitura. O mais recente desses sinais foi dado no fim de março, quando Cirilo foi exonerado do seu cargo no governo estadual, um procedimento que é comum para aqueles que vão disputar eleições no ano corrente. Cirilo tem o apoio da família Ferreira Gomes e do PSL municipal.
Outro nome é o do médico Pedro Coelho, oriundo de uma família tradicional na política, que participa das eleições municipais há mais de duas décadas. Pedro é filiado ao PT, do governador Camilo Santana e do deputado José Guimarães, e pode vir a receber o importante apoio do MDB, do ex-senador Eunício Oliveira.
Numa situação nada fácil está o ex-prefeito Edmilson Júnior do PSD, que mantém certa proximidade com Cirilo Pimenta, mas também tem fortes laços com Eunício Oliveira, que é aliado do médico Rômulo Coelho. Além disso, Edmilson é afiliado ao PSD, que está aliançado com o governo Camilo Santana e com o PDT.
Já Neto Nogueira, que ganhou certa visibilidade em 2018 ao se candidatar a deputado estadual, pode vir a formar uma chapa com o ex-deputado José Maria Pimenta, que é do mesmo partido e que tem buscado retomar seu espaço na política se posicionando publicamente sobre temas de interesse do município, como as questões relativas ao fornecimento de água.
O ex-vice-prefeito Tarso Barges saiu do PSD e se filiou ao PSB – um movimento político que pode indicar um eventual apoio a Cirilo Pimenta, ou a Pedro Coelho ou até mesmo a Clébio Pavone, visto que o partido é aliado do PDT e do governo estadual. Também temos o nome do vice-prefeito Marcos Rogério, que continua no PROS e recebe o apoio do deputado federal Capitão Wagner.
Por último, temos o prefeito Clébio Pavone, que antes mesmo de completar seu primeiro ano de governo já vinha dando sinais de que desejava disputar as eleições municipais este ano, desejo esse que foi confirmado recentemente pelo próprio. Ao seu favor, Clébio tem a visibilidade da qual desfruta todo chefe do Executivo e tem também a máquina pública em suas mãos. Além disso, ele pode se beneficiar dessa situação de muitas candidaturas, que acaba dividindo o eleitorado e enfraquecendo a oposição.
Diante de tantos nomes e de tantas siglas diferentes, é correto e realista presumir que algumas alianças devem começar a ser anunciadas a partir do próximo mês, quando terão início as convenções partidárias. Até lá, o diálogo deve continuar como instrumento para encontrar alternativas que permitam acomodar os mais diversos interesses de modo a fortalecer os opositores e tornar viável o projeto político da oposição.
1 Minuto com Sérgio Machado
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