1 Minuto com Sérgio Machado - Cid Gomes e a estratégia do PDT

As últimas eleições presidenciais foram muito úteis no sentido de demonstrar a força política que o PDT mantém no Ceará, o único estado de todo o Nordeste em que o então candidato Ciro Gomes conseguiu vencer com larga margem o petista Fernando Haddad, o seu principal opositor na esquerda nacional.

Ao todo, 52 prefeituras cearenses são hoje comandadas pelo partido trabalhista, que este ano está construindo uma estratégia mais ambiciosa, que visa a ampliação de suas bases no estado e a conquista de um terreno sólido sobre o qual o partido possa construir seu projeto político mirando as eleições de 2022.

Essa estratégia começou a ser gestada ainda no ano passado e o primeiro movimento no sentido da sua execução foi a ousada iniciativa do senador Cid Gomes de tirar licença sob a justificativa de cuidar das questões internas do PDT.

A ideia principal é atuar em duas frentes, mas de forma simultânea. A primeira frente tem como preocupação garantir a sucessão de Roberto Cláudio em Fortaleza, cidade que detêm mais de um terço do eleitorado cearense, e cuja disputa política deste ano promete ser acirrada, assim como foi em 2016. Diante disso, Cid pretende costurar uma aliança ampla que assegure a vitória pedetista.

A segunda frente de atuação é o interior, onde o objetivo é ampliar a presença do partido, aumentando o número de prefeitos eleitos filiados. Para isso, a sigla deve lançar um número de candidatos maior do que o que foi lançado em 2016, quando mais de 90 nomes disputaram prefeituras em todo o Estado.

Enquanto Cid prossegue trabalhando no estado, Ciro Gomes manterá uma participação ativa nas redes sociais e, desde o ano passado retomou suas viagens pelo país, em busca de plateias formadas, principalmente, por jovens que acreditem no seu projeto político de construção de uma esquerda nacional democrática e trabalhista.