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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

MPCE consegue na Justiça reforma da cadeia pública de Morada Nova

Após ação civil pública do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Morada Nova, a 2ª Vara daquele Município decidiu que o Estado do Ceará deverá reformar a Cadeia Pública municipal em até 90 dias. A ação é de autoria do promotor de Justiça Gleydson Leanndro Carneiro Pereira e a decisão foi proferida na quarta-feira (12/09) pelo juiz Raynes Viana de Vasconcelos.

Até a finalização da reforma, o local não poderá receber novos detentos. De acordo com a ação, o espaço não possui infraestrutura adequada para funcionar em razão das condições insalubres, que oferecem riscos à saúde dos detentos, agentes penitenciários e policiais. Não há muro para isolar o estabelecimento; veículo para transporte de presos às audiências; e a iluminação é precária.

“A superlotação, o funcionamento inadequado e as péssimas condições físicas e estruturais do imóvel que abriga a Cadeia Pública da Comarca de Morada Nova demonstram que a segurança pública não está sendo prestada de forma regular, expondo os presos, os agentes penitenciários, policiais militares e toda a população local a um risco superior àquele admissível. Os presos e agentes penitenciários habitam um local completamente insalubre”, argumentou o promotor de Justiça na ação.

Por isso, o MPCE requereu liminar para a interdição do local e a proibição de ingresso de novos detentos. Nos pedidos finais, foi requerido a lotação de, pelo menos, mais quatro agentes penitenciários e um veículo à disposição do estabelecimento prisional. O juiz determinou também que o Estado providencie a lotação de pelos menos mais quatro agentes prisionais no prazo de 60 dias e encaminhe um veículo em boas condições de uso para o local.

“A situação, de fato, é calamitosa, existem no local atualmente 71 presos no regime fechado, sendo que a capacidade é para apenas 32 detentos (lotação de 221,87%); existem apenas 2 agentes penitenciários por turno, nenhuma viatura para transporte de internos para audiências ou atendimentos médicos; inexiste sala para atendimento médico ambulatorial; não está sendo prestado atendimento médico e odontológico regular; a cadeia encontra-se sabidamente dominada pela facção Guardiões do Estado e a ocorrência de fugas, algumas delas à luz do dia é constante”, disse o juiz. (Da Ascom-MP)

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