Dos mais de 390 mil estabelecimentos agrícolas do Ceará, 128 mil (um terço do total) admitem fazer o uso de agrotóxico na produção, conforme o Censo Agropecuário, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros 11 mil pontos de produção afirmaram que não precisaram usar agrotóxico no período da pesquisa, em 2017; e 251 não fazem uso.
Os números mostram que a área total ocupada no Ceará reduziu desde 1975, devido ao êxodo de parte da população, que migrou do campo para os espaços urbanos.
No mesmo período, graças ao avanço tecnológico e de técnicas de plantio e colheita, a produção de alimentos cresceu em todo o estado.
As terras ocupadas ao agronegócio no Ceará são utilizadas principalmente para pastagem. São 2,3 milhões de hectares a serviço da alimentação animal, conforme o estudo do IBGE. Já matas e florestas são responsáveis por 1,7 milhão de hectares.
Uso de máquinas
A pesquisa revela a redução no número de trabalhadores nas propriedades, enquanto cresce o de máquinas, num processo de substituição do homem por equipamentos tecnológicos. "Conforme há uma mecanização dos processos, o número de pessoal ocupado vai diminuindo, assim como ocorreu em outros setores", explica Antonio Florido, coordenador do Censo.
Em 11 anos, os ocupados nos estabelecimentos agropecuários em todo o Brasil diminuíram em 1,5 milhão de pessoas. No ano passado, eram 15 milhões de trabalhadores nessas propriedades.
Já o número de tratores cresceu 49,7% no período, totalizando 1,22 milhão de unidades em 2017. Os estados da região Norte lideraram a alta. Amapá e Roraima tiveram crescimento de 304% e 293% no número de tratores existentes nas propriedades entre 2006 e 2017. (Do G1- Ce)
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