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sábado, 7 de abril de 2018

Capturado na Bahia o 12º acusado pela Chacina das Cajazeiras

Trazido escoltado do interior da Bahia por policiais cearenses, chegou na tarde de quinta-feira, 5, a Fortaleza o baiano Fernando Alves de Santana, 26 anos. Ele seria o 12º acusado preso por autoria da Chacina das Cajazeiras, a maior já registrada no Ceará. 

O POVO apurou que Fernando teve “participação ativa” — palavras de uma fonte envolvida diretamente na investigação — na execução de 14 pessoas, todas mortas a tiros dentro um forró no bairro Cajazeiras, na madrugada de 27 de janeiro deste ano. Teria sido um dos autores dos disparos contra parte das vítimas. Hoje completam-se 70 dias desde a data do massacre.

Fernando foi preso quarta-feira da semana passada, 28 de março. Logo após a chacina, teria fugido para Lençóis (BA), sua cidade natal, na região da Chapada Diamantina. Foi preso lá porque havia um mandado de prisão temporária contra ele, expedido durante a investigação do crime. Em Fortaleza, Fernando morava no bairro Itaperi.

Duas tatuagens grandes, um dragão espalhado nas costelas e uma árvore sob um luar no braço esquerdo, ajudaram no reconhecimento de Fernando. Desde a prisão, ele foi mantido no xadrez da Delegacia Regional de Seabra (BA), cidade vizinha a Lençóis. A polícia baiana teria avisado da captura às autoridades cearenses no dia seguinte. 

A transferência do acusado para o Ceará foi feita sob sigilo. Três inspetores da Polícia cearense mais o delegado Ciro Lacerda, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), estiveram em Seabra na manhã da última quarta-feira, 4. Ontem, O POVO tentou apurar detalhes da prisão de Fernando, mas não conseguiu falar com os delegados Marcelo Matos Aguiar, titular em Seabra, e Ciro Lacerda, da DHPP cearense. O nome de Fernando consta como investigado no inquérito número 214/2018, conduzido pela DHPP, que corre em segredo de justiça e apura as circunstâncias, a motivação e os autores da chacina. Ele é membro da facção Guardiões do Estado (GDE), apontada como mentora das execuções. O Forró do Gago, onde aconteceram as mortes, era local frequentado por integrantes do Comando Vermelho, facção rival. Apesar disso, a maioria dos 14 mortos não tinha antecedentes criminais.

Além do inquérito sobre a chacina, Fernando responde a processo na 14ª Vara Criminal. Em setembro de 2017, ele foi preso em flagrante no bairro Montese, ao lado de Francisco Kelson do Nascimento. Cada um portava um revólver. Fernando foi solto em dezembro de 2017, para aguardar o andamento do processo em liberdade. Participou da Chacina das Cajazeiras menos de um mês depois. (Do O Povo)

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