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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Demolir presídio de Roraima é a única solução, diz procurador do estado

Em resposta ao assassinato de vários detentos em um presídio de Roraima, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou nesta terça-feira (18) o apoio ao sistema carcerário do estado, com o envio de armamentos e a transferência de presos. No entanto, para o promotor Carlos Paixão de Oliveira, da promotoria de Execução Penal de Roraima, a medida será pouco eficaz e só uma providência resolve o problema da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo: sua demolição e a construção de outro presídio no lugar.

“Ali não tem outro jeito, além de construir outro presídio. Se os presos quiserem, fazem outra carnificina lá dentro agora porque o presídio não consegue segurar ninguém. Aquele presídio não presta”, disse o promotor à Agência Brasil. A questão, segundo ele, passa pela construção frágil, de paredes erguidas com tijolo de barro. Na rebelião do último domingo (16), presos ligados à facção PCC abriram buracos nas paredes até chegarem à ala onde estavam seus alvos, membros do Comando Vermelho. Foram dez mortos nas contas do governo e 25 na contabilidade dos próprios detentos.

Mas o fator de maior comprometimento é a própria geografia do local. “Nem a guarda externa da guarita, nem os carcereiros têm visão ou conhecimento do que está acontecendo lá dentro. A geografia da penitenciária não permite que o carcereiro veja a porta da ala, quanto mais a porta das celas”, explicou. Não bastassem esses problemas, a penitenciária recebe o dobro da capacidade. São 1.400 presos em um espaço construído para receber 700.

O termo “agrícola” no nome do Monte Cristo existe porque se trata, originalmente, de uma prisão agrícola para condenados do regime semiaberto. A penitenciária foi concebida para que o detento trabalhasse de dia na lavoura e dormisse na cela à noite, mas isso não acontece. “Esse presídio não serve para acolher presos condenados do regime fechado e ali só existem presos cumprindo pena do regime fechado e presos preventivados aguardando decisão. Ali tem condenados a cento e poucos anos de reclusão”. (Da Agência Brasil)

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