A vereadora Márcia Zomin (PSB), de Senador Pompeu, que integra a base oposicionista a atual gestão, foi a convidada desta quarta-feira, 20, do Programa Repórter Ceará, da Rádio Campo Maior AM 840.
A parlamentar analisou a votação ocorrida ontem, 19, na Câmara Municipal que resultou na desaprovação das contas do ex-prefeito Antônio Teixeira (PT), quando na ocasião a oposição aguardava que fosse o contrário, já que Teixeira integra a base aliada do prefeito Vauires.
Exercendo seu terceiro mandato, a advogada e ex-presidente da Câmara, Márcia Zomin, avaliou ainda o cenário político-administrativo de Senador Pompeu.
O que falta para Senador Pompeu? Por que não consegue ser um município mais desenvolvido?
“Na hora que nós tivermos um gestor comprometido com a população e com o desenvolvimento econômico e social do município, ele terá tudo para crescer. Lá já tivemos várias indústrias e hoje se não fosse aquela fábrica de calçados, aposentados, não existiria mais nem comércio. É uma cidade que caminha para desaparecer do mapa [...] Já foi uma grande cidade, uma cidade histórica, que já tivemos até deputado como o eterno deputado Fonseca Coelho (Em memória)”.
A Fábrica esteve prestes a fechar as portas?
“E por inadimplência do aluguel. Porque a fábrica quando foi para Senador Pompeu existia um contrato com a gestão de que seria implantada ali, mas a parte de aluguel ficaria a cargo da administração pública, seria uma forma de contrapartida. Qual o gestor que não quer uma fábrica funcionando no seu município? E começaram a não pagar mais esse aluguel e os proprietários que sobrevivem provavelmente destes alugueis, requereram na justiça o prédio, mas graças a Deus, através dos proprietários da fábrica foi feito um acordo na Justiça”.
Ainda sobre a pergunta, Márcia aproveitou e lembrou do corte no fornecimento de água que ocorreu por falta de pagamento do setor público, em alguns prédios da administração municipal:
“Houve um corte de água de quase todos os prédios públicos. O Mercado Público hoje não tem água ligada. Você imagine um mercado sem água. Creches, escolas, postos de saúde. Eles só não cortaram a água do Hospital e da Policlínica. O prédio da Prefeitura, a parte administrativa, hoje se for lá não tem água na torneira. Não por falta dela, mas pela falta do pagamento. É uma dívida de R$ 40 mil”.
O povo é enganado? É o discurso? O que faz, na sua opinião, o povo de Senador Pompeu votar nesses governos?
“Primeiro foi aquele discurso bonito, diferenciado, e depois foi aquela política clientelista do PT. Senador Pompeu é um município pobre, como sabemos, e com essa política clientelista dos petistas, as pessoas se adaptaram a isso, ao favoritismo, e isso pegou, mas graças a Deus a gente percebe que as coisas vem mudando, há um espírito de mudança”.
Antônio Teixeira é do grupo, é do PT, por que votaram pela desaprovação das contas dele?
“Surpreendeu a oposição e a sociedade em um modo geral [...] De 11 ele precisaria de 8 votos e vereadores de situação são sete, mas ele tinha o oitavo voto porque embora tenha nós de oposição que somamos quatro vereadores, um desses quatro, que é o vereador Tasso Baia, dizia em alto e bom som que votaria pela aprovação das contas do ex-gestor até por uma questão de gratidão, de amizade e que participara do processo que havia levado os gestores à prisão. O voto mais seguro era do Tasso Baia. Então, com os sete vereadores de bancada de sustentação do prefeito, tínhamos por certo a aprovação das contas de Antônio Teixeira”.
Márcia disse acreditar na existência de uma briga interna no grupo governista.
“Sabemos que o PT é um partido que para lançar um candidato a prefeito existe uma prévia. Os filiados votam e vai para a cabeça de chapa aquele que é o escolhido na prévia, e lá o ex-gestor Teixeira tinha tudo para ganhar essa prévia e o prefeito, que é irmão de Luizinho do Inharé (e foi vice-prefeito de Teixeira), é pré-candidato à reeleição. Então acredita-se que eles não tinham o menor interesse de disputar essa prévia com ele. [...] Ele foi eliminado por seus aliados. Considero como golpe. Resta saber se depois essa fidelidade tão grande que existia entre os dois (Antônio e Luizinho) ainda perdura”.
Estamos a poucos meses do pleito. Como está o grupo de vocês?
“Nós temos nesse momento dois ou três pretensos candidatos. Temos o Júnior Holanda, o Maurício Pinheiro e o Chico do Jeová. Eu acredito que quando se aproximar mais das convenções a gente possa se aglutinar. Porque se não houver uma composição destes líderes a gente tende a sofrer uma decepção na eleição. Mas acho que a briga maior será pela vice”.
Por que?
“Eu sou pré-candidata a vice. Só serei candidata a vereadora se não lograr essa condição no município e nós temos mais quatro ou cinco colegas lá que também tem esse pensamento. Defendo uma pesquisa e quem estivesse melhor seria o candidato a cabeça de chapa e o segundo lugar poderia pleitear uma vice. Se não quisesse, indicasse”.
Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação
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