Um alento para pais de crianças e adolescentes portadores de epilepsias. O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu autorizar neurocirurgiões e psiquiatras a prescreverem remédios à base de canabidiol (CBD) para pacientes cujos tratamentos convencionais não surtiram efeito. O detalhamento de quais profissionais poderão receitar o medicamento derivado da maconha, em que circunstâncias e para que tipo de doenças, consta de uma resolução aprovada pela entidade. O texto será publicada no Diário Oficial da União, nos próximos dias, e só então a medida entrará em vigor.
A medida, considerada um avanço para a qualidade de vida de crianças, adolescentes e familiares atingidos pelos efeitos das epilepsias de difícil controle, é comemorada e criticada pelos pais. Noberto e Katiele Fischer, pais de Anny Fischer - menina de 6 anos que se tornou um símbolo nacional da luta pela liberação do uso terapêutico do canabidiol, avaliam que o avanço foi tímido”.
Segundo Norberto Fischer, a resolução, até certo ponto, pode ser considerada restritiva. “Por um lado, ficamos felizes, pois é um avanço o órgão ter se pronunciado sobre o tema, mas a decepção também foi muito grande”, disse Fischer.
O pai de Anny questiona várias decisões do CFM, como a de exigir que médicos e pacientes sejam cadastrados no sistema e a restrição à número de doses. Ele Critica também a limitação de apenas neurocirurgiões e psiquiatras poderem fazer a prescrição do medicamento.
“Há um excesso de burocracia, como na questão do sistema. Além disso, com base em que o CFM pode estabelecer duas doses no máximo, se ele próprio reconhece não haver parâmetros? Minha filha, por exemplo, toma três doses do remédio por dia. Como o conselho pode dizer que apenas crianças e adolescentes podem se beneficiar do uso do produto?”, pergunta Fischer, lamentando que os usuários do produto não tenham sido ouvidos pelo CFM.
Segundo Noberto Fischer, nenhum pai foi convidado pelo CFM para conversar sobre o teor do texto. “Por isso, esperávamos por um avanço, uma resolução corajosa e madura, que desse aos médicos o poder de avançar e salvar vidas. A meu ver, se até aqui alguns poucos médicos se sentiam à vontade para arriscar, eles agora vão se ater ao que está escrito”, avalia o bancário. (O Povo, com a Agência Brasil)
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