O novo ciclo de impostos está aí. O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) já estão com boletos fechados e facilidades para pagamento. Facilidades que deixam muitos contribuintes na dúvida entre o desconto do valor à vista e o prazo do parcelamento. O POVO ouviu especialistas que dão dicas para calcular a melhor opção.
Segundo Henrique Marinho, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-CE), o pagamento à vista é o mais indicado aos contribuintes. “O IPVA oferece 5% de desconto. Nenhuma aplicação financeira vai dar retorno de 5% em quatro meses”.
Érico Veras Marques, coordenador da especialização em administração financeira da Universidade Federal do Ceará (UFC) e especialista em finanças pessoais, acrescenta que as aplicações em poupança rendem no ano 6%. “Se você tem dinheiro disponível é melhor pagar à vista, o que não compensa é entrar no cheque especial.”
Cálculo
De acordo com Érico, antes de pagar a conta é preciso levar em consideração se a aplicação que o contribuinte possui rende menos que o desconto. Se a resposta for positiva e se o contribuinte tiver dinheiro sobrando, é melhor se livrar da dívida de uma vez e repor o dinheiro na reserva pagando o valor das prestações em uma aplicação.
O cálculo é simples. Se a taxa do IPTU ou IPVA custar R$ 1.000 e o desconto for de 5% à vista, você vai pagar R$ 950. A rentabilidade de uma aplicação como poupança é de 0,5% ao mês. No caso do IPVA, a prestação sem desconto fica no valor de R$ 250 em quatro parcelas, que no período vão render 2%.
Aplicando o valor da prestação na poupança, em quatro meses, o dinheiro vai render cerca de R$ 20. Menos que o desconto de R$ 50 oferecido para a cota única. Este ano, o IPVA oferece desconto de 5% aos contribuintes que pagarem até 31 de janeiro.
Já o desconto do IPTU é de 10% até 7 de fevereiro e 5% até 7 de abril. O parcelamento em até 11 vezes é outra opção. Sobre as taxas atuais, Érico afirma que o desconto de 10% é o mais vantajoso, mesmo para quem tem aplicações em renda fixa. (Do O Povo)
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