Os festejos de São João, cuja data oficial dedicada ao santo festeiro é 24 de junho, favoreceram às cidades do Sertão Central a expandir, não apenas os dias de comemoração, como também os negócios. A comunidade de Santa Isabel, uma localidade rural de Quixeramobim, é uma delas.
No pequeno lugarejo residem pouco mais de 600 habitantes, mas até o próximo sábado, dia 29, esperam pelo menos 5.000 visitantes. Enquanto se divertem no "Arraiá da Cumadi Isabé", iniciado na última sexta-feira, deixarão cerca de R$ 30 mil na economia local.
Conforme a coordenadora de eventos da Associação Comunitária de Santa Isabel (Acosi), Eliana Lima, além do objetivo social, o qual não tem preço, o econômico é muito importante para a comunidade. É a garantia de assegurar dividendos para as famílias mais pobres. Pamonhas, canjicas, bolos, a rica culinária sertaneja, tendo como matéria prima a colheita local, são a garantia de lucro nas noitadas de festa. São 10 barracas espalhadas pelo arraial. Dessa vez contam até com o apoio da mídia local. O Sistema Maior de Comunicação resolveu apoiar o evento, atraindo o público da cidade para a roça, acrescentou.
Para incrementar ainda mais a transformação econômica, a Acosi elaborou o projeto Viva Bem no Sertão. O objetivo é aprimorar a qualidade de vida no sertão, promover o desenvolvimento e a sustentabilidade no semiárido, oportunidades de novos projetos para agricultura, redução do êxodo rural, organização de atividades socioculturais, saúde e segurança para todas as famílias da comunidade. Eles pretendem também promover a integração das famílias dos agricultores locais, amigos e conterrâneos de Santa Isabel e angariar fundos em prol da recuperação das obras socioculturais e melhorias de vida na própria comunidade.
Segundo Eliana Lima, a festa surgiu há cinco anos, apenas com o propósito de reunir as famílias e amigos mais próximos da comunidade de Santa Isabel, para troca de ideias na agricultura familiar, compartilhando comidas típicas, num resgate das raízes e um encontro festivo junino. Hoje, é a única da região a se apresentar com as mais tradicionais raízes da vida sertaneja, com barracas montadas de madeiras nativas, ornamentadas com artigos tradicionais confeccionados pela própria comunidade e comidas típicas locais. Toda a comunidade se caracteriza de roupas caipiras. Agora, estão de olho numa nova potencialidade, a econômica.
Apostando também na diversão e principalmente no viés econômico, a Prefeitura de Quixadá, à época tendo como gestor municipal Ilário Marques, criou em 1997, o Pula Fogueira. O evento se consolidou como uma forte fonte de renda para o município. O atual gestor municipal, João Hudson Bezerra, o qual também é comerciante, reconhece a festa como crucial nesta época do ano como garantia de dividendos. Os hotéis e pousadas lotam. O movimento aumenta nos restaurantes e postos de combustíveis. Por esses motivos continuará realizando o maior festival junino da região. Será a 17ª edição. Todavia, o Pula Fogueira será somente no fim do mês de julho, acrescentou.
O calendário já havia mudado no ano passado, de junho para julho. O motivo era a concorrência com outras festas, principalmente a de Santo Antônio, no município vizinho, Quixeramobim. O objetivo é concentrar os milhares de universitários das faculdades da cidade e atrair mais estudantes e turistas para Quixadá no encerramento das férias escolares. Todavia, serão apenas duas noitadas de festa. Mesmo assim, ele espera movimentar pelo menos R$ 200 mil a mais na cidade com o Pula Fogueira. (Do Jornal Diário do Nordeste)

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