O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Quixeramobim entrou com o pedido de afastamento do vereador Edson Nogueira da sigla, alegando infidelidade partidária.
Sem palanque e sem espaço no rádio, Edson obteve pouco mais de 1.300 mil votos. De família tradicionalmente política, recebeu o diploma do irmão, o ex-vereador Neto Nogueira, que iniciou sua trajetória política militando no atual grupo da base aliada. Após divergências, Neto acabou migrando para PT onde encerrou seu mandato como vereador no ano passado.
O posicionamento do petista na Câmara Municipal tem chamado a atenção dos demais parlamentares no legislativo. Seu companheiro de bancada e correligionário, Paulo Ferreira (PT), tem se mantido vigilante em relação às colocações do companheiro. Na sessão ordinária do dia 24 de abril, Paulo Ferreira chegou a afirmar que a sigla se envergonhava da conduta de Edson Nogueira, que apresentou um requerimento solicitando que a presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE) reveja a situação administrativa em que se encontra o município e determine a volta de Cirilo Pimenta (PSD).
Neto Nogueira, ex- tucano, pertenceu por muitos anos ao grupo político liderado por Cirilo Pimenta, quando em 2010 rompeu e filiou-se ao PT, com a expectativa de que fosse lançado numa chapa majoritária petista no ano passado, o que não aconteceu. A aceitação do vereador na nova sigla não foi muito ‘amigável’, o que gerou um desconforto. Nos bastidores foi cogitado que os irmãos teriam sido excluídos de algumas decisões do Diretório, que segundo informações, seriam centralizadas por militantes da ala radical da composição partidária.
Edson, que já era filiado ao PT, foi lançado vereador com apoio do irmão e do pai, João Nogueira (PTB), que desistiu de sua candidatura proporcional para apoiar o filho. Com todo o desentendimento no partido, a família Nogueira, trabalhou pela eleição de Edson, mas, efetivamente, não participou da campanha de Rômulo Coelho (PSB), que teve como candidato a vice na sua chapa, Wagner Guimarães (PT).
Em entrevista ao Sistema Maior de Comunicação, o presidente do PT municipal, Francisco José, o Kim, como é mais conhecido, confirmou o pedido de afastamento, que segundo ele foi feito pelo filiado Antonio Ednilo Costa, militante histórico do partido no município: “O que constam no pedido são atos de infidelidade partidária, em relação à questão da campanha que foi feita, independente das orientações do partido, também em relação a eleição da mesa diretora da Câmara e, por último, tomamos conhecimento que houve um requerimento do vereador para que o prefeito afastado Cirilo Pimenta pudesse voltar ao cargo”, disse Kim.
A votação para eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal tinha duas chapas concorrentes. Edson Nogueira acabou votando na chapa vencedora, exceto para vice-presidente, quando, segundo ele, por questão de fidelidade partidária, votou em seu colega de partido Paulo Ferreira, que por sua vez concorria na chapa adversária, liderada por Teodomiro Neto (PSB).
“Estou tranquilo. Eu já comuniquei ao presidente (Francisco José, o Kim) que não tenho interesse nenhum em sair do PT. O que está faltando é um pouco de diálogo. A gente sempre imaginou e trabalhou o nome do Neto (irmão de Edson) como candidato em uma chapa majoritária e, na época, não foi possível, então nós tomamos nossa posição. Fiz uma campanha individual, não subi em palanque “A” ou “B”. Vou procurar me defender a nível de partido e vamos entrar em um diálogo”, afirmou o vereador Edson Nogueira à equipe do Sistema Maior.
Edson terá 10 dias para formulação da defesa, que deve ser entregue ao Diretório Municipal do partido, para avaliação.
Postado por: Jornalismo - SMC

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