Diante das pressões do tucanato para o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) desistir da re-eleição e tentar bater Cid Gomes (PSB) na sucessão estadual do próximo ano, até o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) (foto) pode endossar o coro pró-galego. Desde 2006, os dois estão rompidos justamente por conta do governador. O tucano queria apoiar o socialista, enquanto o hoje republicano insistiu em manter sua chapa na tentativa de continuar no Executivo.
Por conta dessa rusga, os dois não se falam. Chegam ao ponto de estarem no mesmo evento e apenas trocarem apertos de mão frios e por pura cordialidade. Utilizam-se do velho estilo diplomático da classe política. Porém, as coisas podem mudar com vistas a 2010. Lúcio já admite a possibilidade de uma aliança com o virtual candidato do seu ex-partido ao Palácio Iracema.
Em entrevista ao O Estado por telefone ontem à noite, Alcântara até elogiou o antigo companheiro de agremiação. “Ele é um homem que tem liderança, experiência e todas as credenciais para a disputa”, pontuou, disparando: “seria um bom candidato. O problema parece que está com ele, que não quer”. A ponderação refere-se à resistência do parlamentar. Na tentativa de sustentar sua re-eleição, Jereissati argumenta que esse é o momento de “sangue novo” ser revelado.
Segundo Lúcio, o PR não descarta aproximação com nenhuma legenda disposta a montar palanque contra Cid. Aliás, conforme o republicano, essa é a única certeza da sigla: estar no lado oposto ao do governador. “Não nos furtamos a discutir. A priori, não descartamos (ficar ao lado de Tasso). Mas ele tem que se decidir primeiro”, acrescentou.
Para o presidente do PR, a formação de um bloco contra Cid é fundamental para evitar o que chamou de “eleição só para cumprir calendário”. Nesse sentido, o peso do PSDB seria fundamental. Atualmente, o tucanato comanda 54 prefeituras. “Se os partidos querem [formar o bloco], temos que estar abertos. Se é Zé, Cazuza ou Luís, a gente tem que ver. Não pode ser carta marcada”, assinalou.
DOBRADINHA PARA O SENADO
Lúcio comentou ainda o cenário da formação de uma dobradinha sua com Tasso para a oposição ficar com as duas vagas do Senado. A costura seria para bater de frente com o PMDB, que já lançou o deputado federal Eunício Oliveira, e com o PT, que cogita o nome do ministro da Previdência, José Pimentel.
A defesa da junção PR-PSDB foi feita até pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire, aliado das duas siglas. Neste fim de semana, ele almoçou com Lúcio e o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), e conversou sobre esse cenário. Pessoa também é cotado para ser lançado ao Governo.
Para muitos vista como impossível devido à inimizade entre Jereissati e Alcântara, a aliança também não deve ser descartada, caso Tasso não queira mesmo o Palácio Iracema. “Eles [Freire e Roberto] falaram comigo e essa cogitação está por aí. É uma possibilidade”, assumiu, negando que já tenha discutido o assunto diretamente com Tasso e que haja sinalização positiva do senador nesse sentido.
Conforme Lúcio, as articulações estão sendo encabeçadas por Pessoa e pelo presidente regional do PPS, Alexandre Pereira. O prefeito de Maracanaú e o senador tiveram uma reunião e existe a previsão de outra acontecer nos próximos dias. “Estamos evoluindo. Mas ele [Tasso] pediu um tempo”, complementou.
PENAFORTE
Por fim, o presidente dos republicanos cearenses fez uma análise do retorno de Marco Penaforte ao comando do PSDB no Estado. Ele já esteve à frente do ninho de 1996 a 2000 e, no último domingo, foi eleito presidente do partido por dois anos. No discurso de posse, foi taxativo ao não admitir mais uma postura ambígua do partido quanto ao Governo. O ninho diz não fazer parte da administração de Cid, mas costuma votar a favor das matérias do Executivo na Assembleia Legislativa.
Para o ex-governador, isso é um presságio de fim de complacência com o Palácio. “Nosso cenário político começa a se agitar e a ajustar-se ao ritmo normal das democracias, que é a convivência dos contrários e a denúncia dos abusos”, avaliou, qualificando Penaforte como um facilitador das articulações.
Por conta dessa rusga, os dois não se falam. Chegam ao ponto de estarem no mesmo evento e apenas trocarem apertos de mão frios e por pura cordialidade. Utilizam-se do velho estilo diplomático da classe política. Porém, as coisas podem mudar com vistas a 2010. Lúcio já admite a possibilidade de uma aliança com o virtual candidato do seu ex-partido ao Palácio Iracema.
Em entrevista ao O Estado por telefone ontem à noite, Alcântara até elogiou o antigo companheiro de agremiação. “Ele é um homem que tem liderança, experiência e todas as credenciais para a disputa”, pontuou, disparando: “seria um bom candidato. O problema parece que está com ele, que não quer”. A ponderação refere-se à resistência do parlamentar. Na tentativa de sustentar sua re-eleição, Jereissati argumenta que esse é o momento de “sangue novo” ser revelado.
Segundo Lúcio, o PR não descarta aproximação com nenhuma legenda disposta a montar palanque contra Cid. Aliás, conforme o republicano, essa é a única certeza da sigla: estar no lado oposto ao do governador. “Não nos furtamos a discutir. A priori, não descartamos (ficar ao lado de Tasso). Mas ele tem que se decidir primeiro”, acrescentou.
Para o presidente do PR, a formação de um bloco contra Cid é fundamental para evitar o que chamou de “eleição só para cumprir calendário”. Nesse sentido, o peso do PSDB seria fundamental. Atualmente, o tucanato comanda 54 prefeituras. “Se os partidos querem [formar o bloco], temos que estar abertos. Se é Zé, Cazuza ou Luís, a gente tem que ver. Não pode ser carta marcada”, assinalou.
DOBRADINHA PARA O SENADO
Lúcio comentou ainda o cenário da formação de uma dobradinha sua com Tasso para a oposição ficar com as duas vagas do Senado. A costura seria para bater de frente com o PMDB, que já lançou o deputado federal Eunício Oliveira, e com o PT, que cogita o nome do ministro da Previdência, José Pimentel.
A defesa da junção PR-PSDB foi feita até pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire, aliado das duas siglas. Neste fim de semana, ele almoçou com Lúcio e o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), e conversou sobre esse cenário. Pessoa também é cotado para ser lançado ao Governo.
Para muitos vista como impossível devido à inimizade entre Jereissati e Alcântara, a aliança também não deve ser descartada, caso Tasso não queira mesmo o Palácio Iracema. “Eles [Freire e Roberto] falaram comigo e essa cogitação está por aí. É uma possibilidade”, assumiu, negando que já tenha discutido o assunto diretamente com Tasso e que haja sinalização positiva do senador nesse sentido.
Conforme Lúcio, as articulações estão sendo encabeçadas por Pessoa e pelo presidente regional do PPS, Alexandre Pereira. O prefeito de Maracanaú e o senador tiveram uma reunião e existe a previsão de outra acontecer nos próximos dias. “Estamos evoluindo. Mas ele [Tasso] pediu um tempo”, complementou.
PENAFORTE
Por fim, o presidente dos republicanos cearenses fez uma análise do retorno de Marco Penaforte ao comando do PSDB no Estado. Ele já esteve à frente do ninho de 1996 a 2000 e, no último domingo, foi eleito presidente do partido por dois anos. No discurso de posse, foi taxativo ao não admitir mais uma postura ambígua do partido quanto ao Governo. O ninho diz não fazer parte da administração de Cid, mas costuma votar a favor das matérias do Executivo na Assembleia Legislativa.
Para o ex-governador, isso é um presságio de fim de complacência com o Palácio. “Nosso cenário político começa a se agitar e a ajustar-se ao ritmo normal das democracias, que é a convivência dos contrários e a denúncia dos abusos”, avaliou, qualificando Penaforte como um facilitador das articulações.
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