Saneamento básico, formação de consórcios entre municípios para destino de resíduos sólidos e abastecimento de água. Esses são três assuntos que dominam o debate na Frente Municipalista Sul do Ceará. Mobilizados em reuniões mensais, prefeitos, secretários de Estado e representantes de instituições federais discutem temas de interesse comum e procuram em conjunto soluções para os principais problemas que afetam as cidades.
A maioria das cidades não dispõe de aterros sanitários e os lixões quase sempre são instalados nas margens de rodovias estaduais, agredindo o meio ambiente. O saneamento básico cobre apenas 15% das cidades das regiões do Cariri e Centro-Sul, enquanto o serviço de abastecimento de água chega a 60% nessas duas regiões, segundo dados divulgados pela Frente. Os esgotos sem tratamento escorrem para rios, açudes públicos e lagoas, causando sérios problemas ambientais.
O municipalismo avança na região Sul do Ceará. A Frente inclui cidades das regiões Centro-Sul e Inhamuns. São 43 municípios que participam da entidade, criada em junho passado. A ideia vem dando certo. "A cada reunião trazemos temas de interesse coletivo", explicou o presidente da Frente, prefeito de Várzea Alegre, Zé Hélder Máximo. "Os debates são esclarecedores e há orientações e encaminhamentos para os prefeitos".
Uma das ideias apresentadas e discutidas para solucionar o antigo problema dos lixões é a formação de consórcios públicos entre municípios vizinhos. O tema foi abordado pelo secretário estadual das Cidades, Joaquim Cartaxo, e deve fazer parte dos debates nos próximos encontros da entidade. "A Frente cria um outro patamar de discussão e faz com que problemas comuns sejam discutidos de forma coletiva. A formação de consórcios públicos pode equacionar vários problemas".
Ele mostrou ainda que os investimentos do Estado nos municípios dependem da capacidade de organização e de apresentação de projetos. "Quando isso acontece, as cidades recebem recursos. Sem dúvida, os programas coletivos que envolvem vários municípios em busca de soluções comuns serão apoiados".
No mais recente encontro, realizado no Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva, na cidade do Crato, a questão ambiental relacionada com o destino do lixo, saneamento e abastecimento de água para comunidades rurais foram debatidos e passaram a compor a pauta de prioridade da Frente. Participaram 34 municípios.
O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Forte, mostrou preocupação com a falta de tratamento para os esgotos que contaminam o meio ambiente em face das obras de transposição do Rio São Francisco. "Nosso esforço é implantar obras de saneamento em todos os municípios que receberão as águas da transposição. Não adianta essa água chegar aqui com qualidade e ser contaminada por água servida, por falta de esgotamento".
Qualidade de água
Danilo Forte disse que o projeto de transposição prevê o fornecimento de água de qualidade. "Infelizmente, do jeito que está a situação nos traz preocupação". A política de saneamento prevê o atendimento aos municípios que são banhados por rios que receberão as águas do São Francisco. No Ceará, são os rios Salgado e Jaguaribe e reabastecimento do Açude Castanhão.
Apesar de obras realizadas nos últimos anos, por meio do Projeto São José e de outros programas sociais, ainda há centenas de comunidades rurais desprovidas de sistema de abastecimento de água tratada. Muitas comunidades ainda dependem de carro-pipa e da retirada de água em poços e açudes. Nesses casos não há tratamento e a água é de baixa qualidade.
Outra tema abordado foi a construção de moradias populares, pelo o Programa de Habitação de Interesse Social.
Mais informações
Frente Sul Municipalista
Várzea Alegre
(88) 3541. 1864
E-mail: frentesulceara@hotmail.com
A maioria das cidades não dispõe de aterros sanitários e os lixões quase sempre são instalados nas margens de rodovias estaduais, agredindo o meio ambiente. O saneamento básico cobre apenas 15% das cidades das regiões do Cariri e Centro-Sul, enquanto o serviço de abastecimento de água chega a 60% nessas duas regiões, segundo dados divulgados pela Frente. Os esgotos sem tratamento escorrem para rios, açudes públicos e lagoas, causando sérios problemas ambientais.
O municipalismo avança na região Sul do Ceará. A Frente inclui cidades das regiões Centro-Sul e Inhamuns. São 43 municípios que participam da entidade, criada em junho passado. A ideia vem dando certo. "A cada reunião trazemos temas de interesse coletivo", explicou o presidente da Frente, prefeito de Várzea Alegre, Zé Hélder Máximo. "Os debates são esclarecedores e há orientações e encaminhamentos para os prefeitos".
Uma das ideias apresentadas e discutidas para solucionar o antigo problema dos lixões é a formação de consórcios públicos entre municípios vizinhos. O tema foi abordado pelo secretário estadual das Cidades, Joaquim Cartaxo, e deve fazer parte dos debates nos próximos encontros da entidade. "A Frente cria um outro patamar de discussão e faz com que problemas comuns sejam discutidos de forma coletiva. A formação de consórcios públicos pode equacionar vários problemas".
Ele mostrou ainda que os investimentos do Estado nos municípios dependem da capacidade de organização e de apresentação de projetos. "Quando isso acontece, as cidades recebem recursos. Sem dúvida, os programas coletivos que envolvem vários municípios em busca de soluções comuns serão apoiados".
No mais recente encontro, realizado no Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva, na cidade do Crato, a questão ambiental relacionada com o destino do lixo, saneamento e abastecimento de água para comunidades rurais foram debatidos e passaram a compor a pauta de prioridade da Frente. Participaram 34 municípios.
O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Forte, mostrou preocupação com a falta de tratamento para os esgotos que contaminam o meio ambiente em face das obras de transposição do Rio São Francisco. "Nosso esforço é implantar obras de saneamento em todos os municípios que receberão as águas da transposição. Não adianta essa água chegar aqui com qualidade e ser contaminada por água servida, por falta de esgotamento".
Qualidade de água
Danilo Forte disse que o projeto de transposição prevê o fornecimento de água de qualidade. "Infelizmente, do jeito que está a situação nos traz preocupação". A política de saneamento prevê o atendimento aos municípios que são banhados por rios que receberão as águas do São Francisco. No Ceará, são os rios Salgado e Jaguaribe e reabastecimento do Açude Castanhão.
Apesar de obras realizadas nos últimos anos, por meio do Projeto São José e de outros programas sociais, ainda há centenas de comunidades rurais desprovidas de sistema de abastecimento de água tratada. Muitas comunidades ainda dependem de carro-pipa e da retirada de água em poços e açudes. Nesses casos não há tratamento e a água é de baixa qualidade.
Outra tema abordado foi a construção de moradias populares, pelo o Programa de Habitação de Interesse Social.
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Frente Sul Municipalista
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(88) 3541. 1864
E-mail: frentesulceara@hotmail.com
(Fonte: Jornal Diário do Nordeste)
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