Nos últimos dias, eu visitei Minas Gerais e tive a oportunidade de sentir e de ver de perto a dor de um povo arrasado pelos repetidos desastres envolvendo barragens com rejeitos de minério de ferro. Nessa viagem, eu pude ouvir vários relatos carregados de dor, tristeza e revolta, daqueles que perderam casa, carro, amigos, parentes, vizinhos… e até a vontade de viver.
Mas afinal, quem não sentiria dor em face de tantas perdas? Quem não ficaria triste diante de um desastre como este? Quem não se revoltaria com a injustiça, com a ganância, com a impunidade e com a corrupção? É certo que somente aqueles que insistem em colocar o lucro acima de tudo e a ambição acima de todos.
Por isso, é preciso identificar e punir, com urgência, todos os culpados. Mas, mais do que isso, é preciso rever e modernizar a legislação referente não só às barragens, mas à toda atividade de mineração no país. Porque enquanto isso não for feito, permaneceremos num ciclo interminável, com desastres, comoções e impunidades.
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