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segunda-feira, 4 de junho de 2018

Eunício diz que relação com Temer está "muito difícil"

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), avalia que efeitos da crise de combustíveis deixaram “muito difícil” a relação do governo Michel Temer (MDB) com o Congresso. Em entrevista ao O POVO, o senador criticou política de preços adotada pela gestão na Petrobras e disse que o Planalto não tem “credibilidade” para pautar reformas ainda neste ano.

“Estamos no final de governo, e é um governo fragilizado, sem aplausos nas ruas, sem credibilidade do ponto de vista político. É preciso que a gente tenha ciência disso”, disse Eunício, destacando que uma reforma na Previdência precisa ser pauta para o próximo presidente. “São eles que, eleitos, terão legitimidade para fazer reformas”.

O presidente do Congresso também se queixou da postura do Planalto durante a greve de caminhoneiros, que teria deixado boa parte do desgaste com a população “sobrar” para os parlamentares. “Tivemos que entrar nesse processo inteiro, sermos fiadores, uma vez que, pelo tamanho do desgaste do governo, não só na greve mas no todo, as pessoas exigiam”, afirma.

“Acabou sendo tudo resolvido pelo Congresso, que não tem nenhuma participação na construção de preços da Petrobras. Quem tem que cuidar disso é o Executivo e a agência controladora (...) eu sinceramente passei por dias muito difíceis, mas graças a Deus tudo caminha para a normalidade”, diz.

Eunício criticou ainda resistência do governo em não alterar a atual política de preços de combustíveis da Petrobras. “A Petrobras tem que ser preservada, mas ela não pode ser um instrumento de desagregação social. Quando você tem 11 aumentos em 15 dias, é sinal que a vinculação dos aumentos de combustíveis está errada, equivocada”, avalia o senador.

“Não é questão de pregar a destruição da Petrobras, que é patrimônio nacional, mas nós temos que ter um mínimo de previsibilidade dos preços, a população tem que ter uma noção de quanto vai pagar. Não pode chegar no posto e ver que, por causa de alguma variação do dólar, vai ter que pagar mais. Até porque, quando o dólar cai, o preço não cai junto”, explica.

Críticas evidenciam ainda mais o afastamento entre os presidentes de Casas Legislativas com Temer. Na semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez críticas à condução da crise dos combustíveis feita pelo Planalto, chegando a aprovar projeto de lei desonerando tributos do óleo diesel. (Do O Povo)

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