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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Algodões: Para onde retorna nosso coração


Situado a 35 quilômetros da sede do município, Algodões, no Distrito de Damião Carneiro, assim como Fogareiro, é uma comunidade da zona rural de Quixeramobim que, apesar de ser sede de distrito, não leva o seu nome.

Terra do centenário Seu Doca, Seu Fausto, Seu João Veríssimo (todos em memória), que ganhou o nome de Algodões pela grande quantidade que os campos, hoje ‘cobertos de casas’, concentravam de pés de ciúme, aquela planta que dispersa ao vento sementes carregadas por uma estrutura de pelos.

Algodões cresceu – isso é fato – mas ainda é uma grande família. Laços que se expandiram, pessoas que se mudaram, que viajaram ou viajam para buscar melhores condições de vida. Mas uma coisa é inegável: Não há melhor período que os feriadões.

O Natal, a Semana Santa. Os mais distantes se tornam perto. E por mais que alguns prefiram conhecer outros lugares, é para a terrinha da família que vem.

Algodões cresceu! Há até quem se tope pelas ruas e não reconheça mais alguns rostos. Há quem se recorde o quanto a Praça serviu para as brincadeiras e traquinagens.

Como mudou...

A internet domina os bancos, ainda sombreados pelas castanholas que resistem ao tempo, à seca.

Terra que agora ‘cresce pra cima’. Não somente com torres, mas com casas, com prédios. Projetos que lutam para se fortalecer, em meio à crise de insegurança e tantos outros fatores, como o desemprego.

Terra de 200 famílias entre a ‘vila principal’ e outras vizinhas, como a São Francisco e a Várzea da Russa. Terra onde o futebol amador ainda resiste, o vôo livre é praticado, onde as campanhas políticas são acirradas, onde os festejos religiosos animam o entorno da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Local que também abriga duas congregações evangélicas.

Seja bem-vindo à Algodões.

Aquela comunidade da Quadra do Zacarias, em memória. Lugar de grandes festas. Sim! Grandes, porque foi por aqui que sanfoneiros fizeram a alegria de toda a região um dia.

E como não poderia deixar de ser, é onde as conversas são presentes nas calçadas da vida e que - no fundo -, é onde mora nosso coração.

Seja bem-vindo à Algodões.

Terra da pecuária, do dia de serviço, do cultivo de milho, do feijão, do sorgo, da palma, da esperança de um bom inverno, sempre.

Esse é o nosso SerTão, do nosso jeito de Ser.

(Do Sertão Para Ser Do Ceará - Foto: Kaio Rodrigues)

Um comentário :

  1. Minha terra que tanto amo! Lindas recordações das festas da tia Toinha e tio Zacarias, os aniversários de meu bisavó Doca, as brincadeiras com os primos, os banhos de açude, e claro, a maior aventura era passar na parede do açude em época de chuva.

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