“Uma dona de casa que escala montanhas”, era assim que Junko Tabei, graduada em literatura inglesa e autora de vários livos, incluindo uma biografia, se definia.
Aos 35 anos de idade, Junko Tabei escalou os mais de oito mil metros de altura do Monte Everest. E, aos 53 anos de idade, tornou-se também a primeira mulher a escalar os sete cumes, ou seja, as montanhas mais altas de cada continente.
A trajetória de subida ao Monte começou quando um jornal e uma rede de televisão promoveram um concurso com objetivo de montar uma equipe feminina de montanhismo capaz de escalar e chegar ao cume do Everest. Uma façanha que, até então, apenas montanhistas homens tinham realizado.
Escalar o Evereste não é tarefa fácil. O ar rarefeito e as aranhas saltadoras do Himalaia, que se esconde em cantos e fendas nas encostas do Monte, tornam a escalada ainda mais perigosa.
O grupo de Tabei estava acampado a 6 mil e 300 metros de altitude, quando começou uma tempestade de neve e uma avalanche atingiu a todos. Com o corpo coberto de neve, Junko Tabei perdeu a consciência. Após ser resgatada, Tabei não se intimidou. Sem desistir da aventura, tornou-se a primeira mulher a conquistar o Everest.
Mais do que um esporte, para Junko Tabei escalar era uma missão, um sentimento raro que só os destemidos conseguem ter. Escalou picos em mais de 60 países.
Em cada novo desafio vencido, a incrível sensação de olhar para si mesma e dizer que conseguiu, que não há limites para quem, além de sonhar, trabalha, luta, se capacita para alcançar seus objetivos. Para Tabei, estar no topo das montanhas mais altas do mundo era um sentimento raro e desafiador.
Junko Tabei nasceu no dia 22 de setembro de 1939. E morreu, em 2016, aos 77 anos. Uma vida repleta de desafios. Mas, acima de tudo, repleta de superação.
Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação com EBC
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