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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Encerramento da Bienal do Livro do Ceará foi marcado por momentos emocionantes, show do Quinteto Agreste e grandes resultados para a cultura cearense

A XII Bienal Internacional do Livro do Ceará teve seu encerramento na noite deste domingo, 23/4, no Centro de Eventos do Ceará. Após uma programação de último dia marcada pelo diálogo com o escritor Ignácio de Loyola Brandão e roda de saberes com os mestres da cultura Zé Pio, de Fortaleza, e Aldenir, do Crato, no auditório do Centro de Eventos, o público conferiu um show com o Quinteto Agreste, que entoou o tema da Bienal logo na primeira música, em um emocionante improviso: “Cada pessoa, um livro; o mundo, a biblioteca”, além de um flash mob realizado pelo grupo Vitrola Nova, com o tema musical "Redescobrir", de Gonzaguinha.

Durante a solenidade de encerramento, o secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano dos Santos Piúba, dedicou a 12ª Bienal do Livro ao povo cearense e fez questão de agradecer toda equipe que participou da Bienal, passando por curadores, equipe de produção, de coordenadores e de comunicação.
O momento foi de emoção quando o secretário contou a história de Douglas Girão e Régis Oliveira, jovens de Pacajús, que foram convidados a subir ao palco. "Conheci esses jovens aqui na Bienal. Eles me contaram que há pelo menos um ano se planejaram para virem à Bienal. E vieram somente com o dinheiro de ir e voltar. Eles foram ao espaço do Café Literário e participaram de uma conversa com o escritor Jéferson Assumção. Eles tinham na mochila um livro de Caio Fernando Abreu e o presentearam. Ouvindo essa história, entramos em contato com eles", revelou.

Após comentar mais um pouco da história dos dois garotos de Pacajús, que se alfabetizaram tardiamente e hoje ensinam a mãe a ler e escrever, o gestor falou do convite que fez a eles para visitarem mais dias a Bienal. Além de participarem das atividades, eles foram presenteados com livros.

A Bienal em números
“Cada pessoa, um livro; o mundo, a biblioteca”. Com este tema, a XII Bienal Internacional do Livro do Ceará celebrou os títulos de papel, que, tanto quanto os moradores, povoam casas e aplacam solidões, como afirmou o escritor português Valter Hugo Mãe, dialogando com a escritora cearense Cleudene Aragão, dois dos 168 autores convidados pelo evento, entre grandes nomes da literatura do Ceará, do Brasil e de diversos países.

Indo além da condição de referência para o setor como o maior evento cultural do Estado, a Bienal foi destaque no dia dos cearenses e visitantes, pautando o livro e a leitura nos meios de comunicação, nas conversas entre familiares, colegas, amigos, com grande e positiva repercussão também nas redes sociais. Autores e leitores, histórias e ideias estiveram fortemente presentes na agenda da sociedade. Com sucesso de público, com mais de 450 mil pessoas passando pelo Centro de Eventos, a Bienal contabilizou uma média de público de 45 mil participantes por dia, mesmo com os problemas no sistema viário da Capital, registrados nos dias 19 e 20.

Além de encontros e experiências inesquecíveis, diálogos com grandes autores, realização de sonhos e de transformações pessoais, a Bienal também se destacou pela forte contribuição à economia do estado. O evento gerou 3.100 empregos diretos e indiretos, com 350 editoras presentes, distribuídas em 110 estandes, trazendo à Bienal cerca de 60 mil títulos, nada menos que 120 toneladas de livros. A movimentação financeira estimada é de R$ 5 milhões montante avaliado como bastante positivo, tendo em vista a atual conjuntura econômica do País.

Estendendo-se ao longo de 10 dias, aberta ao público na maioria deles de 9h às 22h, a Bienal promoveu 125 horas de atividades, entre debates, lançamentos de livros, contações de história, conversas com autores, apresentações teatrais, circenses e musicais, oficinas, jogos, declamações, cantorias, cortejos e muitas outras manifestações. Tudo isso distribuído por mais de 20 salas, em três andares.

As ações da Bienal Fora da Bienal estenderam a programação do evento a outros dez ambientes externos, em Fortaleza e outros quatro municípios cearenses: Aquiraz, Caucaia, Redenção e Itaitinga. As areias da praia do Titanzinho, o jardim de girassóis da Unidade Prisional irmã Imelda em Aquiraz, a comunidade dos índios Anacé, a praia do Vila do Mar, no Pirambu, e as ruas do Centro de Fortaleza, entre outros espaços, contaram com a presença de diversos escritores convidados da XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, mobilizando visitantes, moradores e afetos, em momentos inclusivos e especiais.

Em um dos seus grandes diferenciais, esta foi a Bienal dos mestres e mestras da Cultura do Ceará, presentes todos os dias na programação. A Bienal dos escritores cearenses lado a lado, em todas as mesas de diálogos, com autores de outros estados e países. Da acessibilidade cultural e da educação inclusiva, com a programação especial de experiências sensoriais, de circo e de audiodescrição, além dos intérpretes de Libras. Das crianças que compartilharam leituras com os pais e dos adolescentes de diversos bairros que mergulharam na programação da literatura fantástica, das batalhas épicas e dos RPGs. Dos cordelistas e repentistas que lotaram a todo momento a Praça do Cordel comprovando a força da literatura popular. Dos autores e personagens reunidos nos bate-papos do Café Literário. Da programação de artes e ciências, de agentes de leitura, do Plano Setorial de Livro e Leitura e do Sistema Estadual de Bibliotecas. Das gerações saudosas do Cais Bar reunidos em rodas de música e conversa no espaço Fortaleza Boêmia. (Com Ascom)

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