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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Eleição da Mesa Diretora gera rompimentos e mudança na composição política de Quixeramobim

A votação que elegeu François Saldanha (PSD) presidente da Câmara Municipal de Quixeramobim ainda é um dos principais assuntos no município e merece uma análise cuidadosa pela conjuntura que o ato apresentou.

Em outubro, após as eleições, das 15 cadeiras da Câmara, 12 foram conquistadas por vereadores ligados ao grupo dos ex-prefeitos de Quixeramobim, Cirilo Pimenta e Edmilson Júnior. São eles: Evando Cosmo, Fernando Antônio, François Saldanha, Claudinha Borges, Cristina Pimenta, Edson Nogueira, Idelbrando Rocha, Terezinha Pimentel, Everardo Júnior, Antônio Filho, Kim e Roberlan Saldanha. Este último iniciou a campanha apoiando Tomaz Holanda (que depois desistiu de concorrer à Prefeitura), mas por decisão do diretório partidário terminou compondo a campanha de Pimenta.

Com a larga vantagem em relação ao grupo opositor de Clébio Pavone e Rômulo Coelho, estava fácil- ou pelo menos aparentava estar- a presidência da Câmara cair nas mãos do grupo, mas não foi bem como previam as expectativas. Com o passar dos dias, a divisão de espaço entre os principais líderes parlamentares causou indefinição, deixando a decisão da chapa do grupo para a última semana de 2016, sendo este o ponto principal do racha verificado na eleição da mesa diretora da Câmara. Quatro nomes despontavam como fortes concorrentes dentro do próprio grupo: Fernando Antônio, Edson Nogueira, Antônio Filho e François Saldanha. Destes, François foi o escolhido e anunciado na segunda-feira, 26 de dezembro.

Já no sábado, 31, em evento no Distrito de Encantado, o vereador Edson Nogueira apareceu junto da comitiva de Clébio, sinalizando uma aproximação com o grupo do novo prefeito. Mais tarde, o partido de Fernando Antônio(PROS), que segue  sob a liderança do médico e ex-presidente da Câmara, Dr. Carlos Roberto Mota Almeida, divulgou nota informando o rompimento com o grupo político. Terezinha Pimentel, até então não havia se manifestado publicamente. Roberlan Saldanha já sinalizava aliar-se a Clébio.

Dessa forma, construiu-se a eleição da Câmara. De 12, o grupo ficou apenas com 8 parlamentares, mas ainda com maioria. A chapa concorrente ao grupo de Cirilo e Edmilson foi construída com três ex-aliados: Fernando Antônio como candidato a presidente, e Edson Nogueira e Terezinha Pimentel como 1º e 2º secretários, respectivamente. Apenas Zé Wilson, como candidato a vice-presidente, foi eleito pela coligação de Clébio.

Dos 15 parlamentares, a situação mais indefinida foi a de Célio Neto, que realizou sua campanha sem subir em nenhum palanque. Ele pertence ao PR, sigla ligada a Pavone em Quixeramobim, mas tem fortes laços com o grupo de Cirilo, e teve que suportar a situação do partido no município. Em um sinal claro de sua posição neutra, Célio Neto absteve-se de votar na eleição da Mesa Diretora da Câmara.

Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação

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