O atual prefeito de Quixadá, João Hudson Bezerra, deixará o comando da Prefeitura daquele município de forma apática, depois de uma gestão marcada pela estagnação, pelos sucessivos afastamentos determinados pela justiça, pela falta de compromisso e zelo com a coisa pública e pelo abandono em que Quixadá se encontra. Infelizmente, a onda verde que inundou Quixadá e o conduziu ao cargo de prefeito foi, ao longo do seu mandato fazendo naufragar as esperanças de desenvolvimento local.
João, até então um ilustre desconhecido na política, mas um empresário respeitado, não soube aproveitar a oportunidade de gerir o município com a determinação necessária, extinguindo práticas ultrapassadas como o clientelismo, por exemplo. Fez , ao longo de sua gestão, escolhas equivocadas, ignorou critérios técnicos, não dialogou com a sociedade. E esse foi um de seus erros: Comandar a coisa pública sem ouvir as pessoas. Não se governa sozinho.
Chega ao fim um governo engessado, sem brilho, sem transparência nas suas ações , sem habilidade para lidar com as engrenagens da máquina e sem capacidade de construir parcerias para unir forças em prol do desenvolvimento de seu município. João foi o chefe do executivo, mas não um líder. Sem apoio popular e sem contar com uma equipe capaz de- ao menos- contornar os graves problemas de sua administração, isolou-se, saiu de cena antes mesmo das cortinas se fecharem. Afastado por ordem judicial desde setembro até o final do mandato, foi proibido até mesmo de freqüentar as dependências de qualquer repartição pública do município nesse período.
Entrou pela porta da frente, saiu pela porta da cozinha. Triste desfecho para uma história que começou de forma tão bonita.
Por
Sérgio Machado
Radialista, Diretor-Presidente do Sistema Maior de Comunicação, é integrante do Conselho de Administração da Fundação Canudos.
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