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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Cientista que descobriu relação da zika com a microcefalia é contra o aborto

Adriana Melo foi a primeira pesquisadora que relacionou o vírus zika à microcefalia, quando a doença que, hoje, assusta as gestantes, disseminou no País. A especialista em medicina fetal e presidente do Instituto de Pesquisa Prof. Joaquim Amorim Neto (Ipesq), sediado em Campina Grande, Paraíba, comprovou laboratorialmente que o líquido amniótico de uma gestante que teve o filho com microcefalia estava infectado pelo vírus.

Um ano após a descoberta, a médica acompanha 86 crianças que nasceram com microcefalia. Ela explica que a identificação de crianças afetadas ainda na gestação pela infecção deve ir muito além da fita métrica, que mede o tamanho da cabeça. Adriana explica que os especialistas já usam o termo Síndrome Congênita do Zika, para identificar crianças que foram afetadas pelo vírus ainda na barriga das mães.

A médica expõe sua preocupação com relação à discussão em torno da liberação do aborto em mulheres grávidas que tiveram zika. Segundo ela, apenas 1% das mulheres com zika vão ter bebês acometidos pela doença. “Se partir do princípio que todas as mulheres que tiverem zika forem abortar, quer dizer que 99% dos bebês abortados serão normais. Se for esperar que apareçam na ultrassonografia, isso só vai acontecer com 20 semanas, ou seja, cinco meses”, alertou Adriana.

Em entrevista exclusiva a especialista destacou, ainda, que discutir a questão da liberação ou não do aborto nesses casos tira a atenção do que é mais urgente, em sua opinião, que é o tratamento das crianças que já nasceram com a síndrome. “Minha maior preocupação é com as crianças que já completaram um ano e estão sem assistência adequada”, afirmou. (Da Agência Boa Notícia)

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