Quixadá jardim da hospitalidade e do amor

Com o tema acima, eis o artigo encaminhado ao blog pelo escritor e presidente da Academia Quixadaense de Letras (AQL), João Eudes Costa:

Os Lemos de Almeida foram os primeiros chegarem à nossa Quixadá com a firme decisão de aqui permanecer. Alcunha de Papa Ema, como ficou conhecida a família, originou-se da corruptela “Papaiemo”, pois era assim denominado Manoel Lemos de Almeida por seus filhos e netos, que, na realidade, queriam chamar de Papai Lemos o velho patriarca.

Pela maneira amável da recepção, muitos decidiram construir morada em terras que lhes foram doadas, para que, entre nós, permanecessem para sempre, neste jardim de amor. Com mérito e dignidade conquistaram o direito ao gentílico quixadaense por tudo que fizeram pelo nosso desenvolvimento econômico, social e cultural. Por isso, jamais consideramos forasteiros os que chegam para nos abraçar e ajudar preservar este horto de fraternidade e afeto.

A semente da fraternização, plantada pelos Papaemas e regada com o apoio da família Queiroz, eclodiu sob a bênção de Deus e proteção da Sagrada Família de Nazaré, nossos santos padroeiros e, até hoje, Quixadá é reconhecida como cidade hospitaleira.

Debruçados sobre a história de Quixadá, constatamos o admirável número de pessoas vindas até de outros continentes, que conosco participaram de ferrenhas lutas ajudando transformar a modesta fazenda de José de Barros em uma das mais importantes cidades do Ceará.

Pelo reconhecimento e gratidão a esses benfeitores, ficamos aflitos quando algo acontece com eles que possa interromper o trabalho e dedicação em prol dos quixadaenses e de nossa cidade que aprenderam amar e defender com o denodo dos grandes e vencedores combatentes.

A notícia da enfermidade de nosso conterrâneo, JOSÉ NILSON FERREIRA GOMES FILHO, nos deixou apreensivos, porque se trata de um dos obreiros na construção do sólido alicerce da área da educação, pilastra robusta que garante o verdadeiro desenvolvimento de um povo, que, sem cultura, não será capaz de decidir, com lucidez, o caminho de um futuro promissor.

Os integrantes da ACADEMIA QUIXADAENSE DE LETRAS (AQL), onde José Nilson ocupa a cadeira de nº 3 que tem como patrono ALBERTO PORFÍRIO, se constituirão numa forte corrente de solidariedade e de fé, rogando a Deus pelo breve restabelecimento da saúde desse valoroso quixadaense, que tem demonstrado possuir  invulgar empenho pelo desenvolvimento de Quixadá e incontestável interesse pelo bem-estar de seus conterrâneos, pois fez   votos perpétuos de amor por nossa cidade, que o acolheu, carinhosamente, como filho.

Nas reuniões de nossa Academia quando José Nilson não está fisicamente presente, a sua cadeira não permanece vazia, porque ele está viajando em busca de recursos para fortalecer nossa cultura na criação de novos cursos superiores para nossas faculdades que ajudou criar e hoje são referências em toda a região nordestina.

 Por isso, mesmo quando José Nilson não participa de nossas reuniões ele está nos representando, porque foi com o objetivo de ser mais um instrumento de apoio à cultura cearense que a Academia Quixadaense de Letras foi criada. José Nilson, nesta luta pela recuperação de sua saúde, você não está sozinho. Conte com a nossa solidariedade e as preces dirigidas ao Criador por sua AQL, seus amigos e os quixadaenses que o reconhecem como um benfeitor.

Neste momento e angústia e incerteza, na estrada tortuosa que você percorre, ao seu lado, há misteriosas pegadas. Temos certeza que são de Jesus que o acompanha, pois sempre esteve ao seu lado. Na sua infinita bondade, Ele não abandona um bravo guerreiro, atingido por estilhaços no campo de batalha, lutando para o cumprimento da nobre missão que Deus o confiou de semeador das boas ações aqui na terra. Nossas orações haverão de ajudar o cirurgião a debelar essa maligna enfermidade, para júbilo de sua esposa, filhos e de todos que o consideram um autêntico quixadaense que ama, verdadeiramente, a querida Quixadá.