Antônio Teixeira anuncia rompimento com grupo do atual prefeito e nega aliança com outros pré-candidatos da oposição

O município de Senador Pompeu, no Sertão Central, pode voltar a ter umas das eleições mais disputadas desde a década de 80. Cerca de cinco nomes atualmente se colocam como pré-candidatos a prefeito daquele município.

O ex-prefeito de Senador Pompeu, Antônio Teixeira (PT), foi o entrevistado de hoje, 24, do Programa Repórter Ceará, da Rádio Campo Maior AM 840, e aproveitou a ocasião para anunciar sua irmã Adelma Teixeira como pré-candidata a prefeita daquele município.

Teixeira deixou claro durante a entrevista seu rompimento com o atual gestor Vauires Mendes e seu irmão Luizinho do Inharé. O ex-prefeito retirou seu apoio à pré-candidatura de reeleição do petista e deve direcionar agora sua militância política para o nome de sua irmã.

“Quando fui prefeito implementei um nível de política pública que todo o povo de Senador Pompeu foi testemunha o quanto isso foi bom, essa era a expectativa quando eu apoiei o Vauires. Infelizmente a gestão dele  (Vauires Mendes) não prosperou neste nível, ela não alcançou os resultados que poderiam alcançar.

Considero que foi um equívoco de condução [...] Eu não quero ser um político de conveniência, que no momento de criticar, vou criticar somente aqueles que sempre foram meus adversários. Eu critico eles, mas critico também aqueles que foram meus aliados. Por isso juntamente com o PC do B nós chegamos ao entendimento de ter um candidato próprio do partido, e minha irmã é pré-candidata”, disse o ex-prefeito.

O entrevistado ainda afirmou que apesar de ter votado no atual prefeito em 2012 não repetirá o gesto: “O Vauires para mim é uma pessoal excelente, quem conhece ele sabe que é uma pessoa boa, mas agora como gestor para mim eu não voto mais. Votei em 2012? Votei, mas não voto mais. É um direito meu e é um direito de qualquer cidadão”.

Teixeira ainda esclareceu os boatos que o rompimento com a atual gestão sinalizaria uma possível aliança com outras lideranças políticas do município que integram a oposição.

“Tenho alguma coisa contra o Maurício Pinheiro, o Chico do Jeová? Nada de pessoal. Votaria neles um dia? Jamais. Faria algum acordo político um dia? Jamais. Sempre foram meus adversários, serão meus adversários até o fim. Porque temos uma visão política diferente. Eu defendo uma coisa, eles defendem outra. Eu digo isso porque quando eu tomei essa posição o pessoal disse que o Teixeira vai se aliar ao Maurício, ao Chico [...] O que me levou a esse desligamento do grupo do prefeito foi minha concepção política. A administração não rendeu, não entregou para o povo o que era nossa responsabilidade”, disse ele.

Quanto à votação na Câmara que desaprovou suas contas e em seguida foi revogada, Teixeira classificou o episódio como “ridículo” e disse não acreditar que tenha partido de uma articulação do atual gestor para retirá-lo da disputa interna no PT para concorrer a Prefeitura.

Sobre este rompimento, o ex-prefeito ainda revelou que o deputado federal José Guimarães ainda chegou a se reunir com o mesmo para que ele revisse sua decisão, o que segundo ele, não mudará.

Sua irmã, Adelma Teixeira confirmou seu nome na disputa: “A minha pré-candidatura é firme. Eu estive no PT durante muitos anos e recebi um convite do Teixeira para pré-candidatura a prefeita e aceitei. A gente trabalha nessa mesma ideologia, dentro do mesmo partido, somente saí do PT em 2015 e passei do PC do B justamente por falta de espaço de sugestões para que Senador Pompeu tivesse um melhor planejamento de políticas públicas. A minha pré-candidatura não tem como recuar e passará pela convenção”.

Adelma chegou a assumir no primeiro ano do mandato do atual prefeito o cargo de Secretária de Assistência Social. Sobre sua passagem rápida pela atual gestão, a entrevistada fez questão de justificar os motivos: “Eu não cheguei na gestão de Vauires de helicóptero, cheguei por participação, cheguei por defender e ajudar a fazer um projeto do qual a gente acreditava. Não estou cuspindo no prato que comi, eu sai porque aquilo que defendi na campanha eleitoral não era o que estava acontecendo na gestão dele”.

Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação