Almircy anunciou ontem, 30, em ofício encaminhado ao presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque (PROS), o rompimento da sigla com a base governista composta pelo PT, PROS e SD.
Sobre a iniciativa, Almircy amenizou as especulações de desgaste com a gestão estadual e esclareceu a decisão alegando que o partido necessitava de independência na Assembleia, uma decisão já amadurecida depois de incansáveis reuniões com os deputados da sigla.
“Na verdade não existe um rompimento com o Governo do Estado. Nós temos uma representação na Assembleia, temos três deputados, e fazíamos parte de um bloco partidário que reunia o PSD, PROS, PT e SD e nós avaliamos já algum tempo com nossos deputados a necessidade de termos uma maior liberdade de poder se posicionar de acordo com as diretrizes nacionais do partido e dentro do bloco você fica sujeito a obedecer a liderança desse bloco, que era, no caso, o PROS”, disse.
O entrevistado fez questão de lembrar a importância do partido no Estado, principalmente com o número de prefeitos da agremiação e cobrou do governador Camilo Santana mais diálogo: “Nós não estamos tomando essa decisão para atrapalhar o governador, até porque nesse momento ele precisa de apoio, mas também ele tem que conversar com os aliados. Na campanha o PSD deu o segundo maior tempo de televisão e rádio para que o candidato Camilo dissesse para o povo cearense o que ele queria fazer. Então, também esperávamos uma recíproca”, salientou.
Ao cobrar mais abertura de diálogo com Camilo, Almircy fez questão de afirmar: “Não temos interesse em cargos, nós temos é responsabilidade com a governabilidade e queremos ajudar para que o Governo tenha um bom desempenho”.
Indagado se esta decisão pode surtir reflexos na relação dos prefeitos do PSD com a base governista, o entrevistado disse não acreditar nessa possibilidade: “Eu não acredito não. Porque nós não estamos nos colocando como obstáculo a nenhuma ação do Governo. Nós estamos nos propondo a apoiar o Governo. Agora é aquela história: Não é muito bom você dar muito a quem não lhe dá o mesmo tanto ou alguma coisa próxima. Acho que tudo é uma mão dupla de conversação, de troca de ideias”.
Eleições 2016
Almircy Pinto evitou falar em projetos políticos para 2016, mas garantiu que o cenário em que o PSD irá se encaixar nas eleições municipais do próximo ano se configurará com a criação do Partido Liberal (PL) que, segundo ele, está sendo articulado.
“Nesse momento ainda não abrimos esse ângulo das eleições municipais do ano que vem. Na pauta estamos com o processo da reforma política e temos também um processo de criação de um partido amigo, que é o PL, e estamos priorizando esse quadro. Até porque, conforme tenha sucesso a criação do PL, ele será um aliado do PSD no País todo. Por isso temos que preparar uma ação conjunta, se for o caso, com o PL”.
Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação
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