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quarta-feira, 4 de março de 2015

Desocupação em fazenda do senador Eunício Oliveira começa de forma pacífica, em Goiás

Teve início de forma pacífica a desocupação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Agropecuária Santa Mônica, de propriedade do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), em Goiás. A operação marcada para a manhã desta quarta-feira (4) começou por volta de 8h.

De acordo com a PM, em uma reunião com líderes do movimento, na noite de terça-feira (3), foi acordado que as famílias sairiam do local pacificamente. "Os integrantes do movimento estão cumprindo o acordo e já estão recolhendo seus pertences. Apenas estamos acompanhando para que tudo saia como combinado", explicou o coronel Júlio César Mota, gerente de Crise da PM, que comanda a operação.

O G1 tentou contato com assessoria de imprensa do movimento, mas as ligações não foram atendidas nesta manhã até a publicação desta reportagem.

Segundo ele, neste momento, cerca de 1.500 pessoas estão no acampamento. "O número total chega a 3 mil pessoas, mas muitas já deixaram a área desde que foi feito o acordo para desocupação", ressaltou o coronel.

Ainda segundo Mota, as famílias serão levadas para dois acampamentos disponibilizados pelo Incra, sendo um em Corumbá de Goiás e outro em Alexânia. Além de carros e caminhões onde os pertences das famílias serão transportados, dois ônibus também foram disponibilizados para o transporte das pessoas.

A Polícia Militar afirma que estão armadas apenas as equipes do Batalhão de Choque, Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Regimento de Cavalaria. Além dos militares no local, 440 policiais estão em Goiânia prontos para se encaminharem à propriedade em caso de resistência. A fazenda está a cerca de 120 km da capital.

A PM montou três postos de controle com cerca de 40 policias em estradas vicinais da fazenda, distribuída entre as cidades de Corumbá de Goiás, Abadiânia e Alexânia. O acesso é controlado e veículos são revistados.

Além da PM, acompanham a operação equipes do Corpo de Bombeiros, integrantes do Conselho Tutelar, integrantes do governo federa, representantes do MP, do proprietário da fazenda e da Universidade Federal de Brasília (UNB).

Ordem judicial
Segundo o MST, cerca de 3 mil famílias estão no local desde o dia 31 de agosto do ano passado. Eles alegam que a terra é improdutiva, mas o senador conseguiu na Justiça a reintegração de posse.

A decisão é do juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, da Comarca de Corumbá de Goiás, assinada em setembro de 2014. O movimento entrou com pedido de liminar, que foi negada pelo juiz substituto de 2º grau, Marcos da Costa Ferreira, alegando que a fazenda é produtiva e não preenche os requisitos para ser desapropriada para a reforma agrária.

Na segunda-feira (2), parte dos acampados queimou pneus e interrompeu o tráfego na BR-060 e na GO-225, que passam em frente à sede da fazenda, por cerca de cinco horas. (Fonte: G1)

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