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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Com a palavra o padre Reginaldo Manzotti

Filhos e filhas,
Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada”.

Começo a mensagem de hoje com esta prece que está no Missal Romano, faz parte do Prefácio – que começa a Oração Eucarística – da Missa de Finados, que celebraremos domingo, dia 02. Este não deve ser um dia de tristeza porque a Ressurreição de Jesus nos consola, mas pode ser de saudade daqueles que amamos e já partiram.

Sem dúvida, a morte nos assusta, intimida e faz com que, constantemente, reflitamos sobre a fragilidade da condição humana. Não raro, nos momentos de perda, especialmente aquelas mais inesperadas, ouvimos alguém dizer: “Nós não somos nada”. O desespero e a melancolia são plenamente justificáveis para quem encara a morte como o fim de tudo, mas não para o cristão.

O ponto de partida para encararmos a morte é justamente o exemplo de Jesus Cristo, que venceu a morte. A fé em sua ressurreição e na continuidade da vida após a morte é fundamental, tanto para nossa própria existência de finitude quanto para vivermos o luto de quem já se foi.

É de grande importância saber lidar com as situações de perdas e encarar a morte de uma forma cristã. Por isso, nos momentos de perda, quando a dor nos leva ao desespero, lembrem-se: a morte não é o fim e rezem, colocando na presença de Deus toda a angústia, saudade, para que não vire tristeza, mas se torne esperança.

Como fiz no livro “10 Respostas que vão mudar a sua Vida”, gostaria ainda de partilhar uma experiência pessoal, não como padre, mas como um ser humano que já teve perdas significativas na vida. Um grande pregador disse num sermão: “No céu, ninguém pertencerá a ninguém, mas reconheceremos quem verdadeiramente amamos”.

Ouvir isso me fez muito bem, não apenas pela certeza de que ninguém pertencerá a ninguém, pois quem garante isso é Jesus Cristo, mas também, e sobretudo, pelo consolo de saber que o verdadeiro amos nos fará estar juntos novamente no céu.

Finalizo esta mensagem que alguém atribuiu a Santo Agostinho, não ouso comentar, apenas peço que leia e tire suas próprias conclusões:

A MORTE NÃO É NADA
A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Por que eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho…
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi.

Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

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