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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Com a palavra o padre Reginaldo Manzotti

Filhos e filhas,
Nesta quarta-feira, durante o programa de rádio Experiência de Deus, a Maria Lúcia de Natal (RN) deixou um áudio gravado através do telefone (41) 8401-0909, dígito 2, contando a experiência dela com o livro “Milagres”. Ela relatava que entre outros pontos, despertou sua atenção, já na introdução, quando falo da necessidade do silêncio para enxergarmos os sinais de Deus.

Tenho insistido muito nesse assunto, já fizemos vários programas de rádio e TV com essa temática. É possível, no corre-corre do cotidiano, encontrar um momento para silenciar nossos corações e mentes, pois só podemos perceber os sinais de Deus quando nosso olhar se faz contemplativo.

Sempre me perguntam se rezar o terço caminhando, ou no ônibus, enfim realizando outra atividade concomitantemente e eu respondo que sim! É válido rezar no trânsito, por exemplo, porém é de fundamental importância reservarmos 15 ou 20 minutos para nossa oração meditativa.

Santa Faustina, a quem Jesus confiou a divulgação da Divina Misericórdia, diz em seu diário: “O silêncio é como uma espada na luta espiritual, a alma tagarela nunca atingirá a santidade” (Diário de Santa Faustina, p.477). Perceba que a religiosa fala em “alma tagarela” e não pessoa, pois uma alma inquieta nunca conseguirá repousar em Deus.

Por isso, em nossas orações devemos nos limitar um pouco em pedir e deixar que Deus nos fale ao coração. Ressalto que não é de um dia para o outro que é possível fazer uma oração contemplativa, mas não devemos desistir. Para facilitar devemos escolher o local e o horário mais silencioso, pois os barulhos externos causam a distração. E Santa Teresa d’Ávila dizia que a “distração é a pior inimiga da oração”.

Pedindo a intercessão de Nossa Senhora, que tudo guardava em seu coração, a Mãe do Silêncio e da Humildade, rezemos:

Nossa Senhora, Mãe de Jesus e nossa.
Teu silêncio, Mãe, não é a ausência, mas presença.
Estás maravilhada no Senhor e ao mesmo tempo
atenta aos irmãos, como em Caná.
A comunicação nunca é tão profunda como quando não se diz nada,
e o silêncio nunca é tão eloquente como quando nada se comunica.
Faze-nos compreender que o silêncio não é desinteressante pelos irmãos,
mas fonte de força e de irradiação, não é encolhimento mas projeção.
Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se.
Afoga-se o mundo no mar da dispersão,
e não é possível amar os irmãos com um coração disperso.
Faze-nos compreender que o apostolado, sem silêncio, é alienação,
e que o silêncio, sem apostolado, é comodidade.
Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza de tua fé,
a altura de tua Esperança e a profundidade de teu Amor.
Ó Mãe Admirável do Silêncio, guardai-nos.

Amém.
(Larrañaga)


Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

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